Política

Executivo aprova voto de pesar por Elísio Donas

  • Porto.

  • Notícia

    Notícia

mno_reuniao_executivo_voto_pesar_elisio_donas.jpg

Miguel Nogueira

Teclista, instrumentista e produtor, uma pessoa de “caráter afável” e “jeito sonhador”, Elísio Donas faleceu no passado dia 28 de maio. Esta segunda-feira, o Executivo Municipal aprovou um voto de pesar pelo músico a quem os portuenses mais instintivamente associam à banda da cidade, Ornatos Violeta.

Todas as forças políticas se associaram ao voto de pesar, apresentado pela vereadora do Partido Socialista, Rosário Gamboa, e sublinharam que “Elísio partiu cedo e inesperadamente”.

“Teclista reconhecido no meio musical”, Elísio Donas participou em projetos como os GNR ou os Per7ume e tocou com Sérgio Godinho ou Jimmy P. “Mas foi nos Ornatos Violetas, de quem foi membro fundador, que se projetou como teclista”, sublinha o voto.

Reconhecendo a “vinculação profunda” à banda portuense, o Executivo lembrou como Elísio Donas participou “sempre com entusiasmo em todos os concertos que a banda deu no regresso aos palcos”, vários deles na cidade do Porto. O último, a 6 de maio, na Queimas das Fitas.

Rosário Gamboa reforçou “a importância deste músico no panorama nacional, mas particularmente no Porto”. A vereadora socialista sublinhou “sobretudo a paixão e a dedicação com que [Elísio Donas] se entregou à vida e à música”, assim como “a forma como viveu intensamente e os projetos que ainda tinha no final da sua vida”.

Em 2021, refere o voto, Elísio Donas “tinha iniciado um projeto novo, os Gatos Morto, ao qual se entregou intensamente como ‘um projeto de vida’, ‘um coletivo mais do que uma banda’” e preparava um álbum com a participação de vários convidados.

Pelo Bloco de Esquerda, Teresa Summavielle lembrou como Elísio Donas “foi também professor [na cidade do Porto], uma referência para inúmeros músicos” e, ainda, a sua participação, como músico, em várias peças de teatro. “Inveterado melómano”, a vereadora considera que “se perdeu um talento, um amigo que deixa muita saudade”.

O músico, de 48 anos, morreu na sua terra natal – Olhão – vítima de doença súbita.