Cultura

Estreia de Farruquito traz ao Festival Dias da Dança o corpo e a alma do flamenco

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Farruquito, um dos melhores "bailaores" de flamenco do mundo, honra as suas origens andaluzas com o premiado espetáculo "Pinacendá", que significa Andaluzia no dialeto cigano. É um dos espetáculos de encerramento do Festival DDD - Dias da Dança, às 18 horas deste sábado, no Coliseu Porto Ageas.  

"Pinacendá" é um passeio por cada uma das províncias andaluzas, através do baile de Farruquito, e reflete as vivências de um gitano, amante da arte e da sua região. Herdeiro de uma verdadeira dinastia de flamenco, Farruquito, nome artístico de Juan Manuel Fernández Montoya, é filho do "cantaor" El Moreno, da "bailaora" La Farruca e neto do grande El Farruco, considerado um dos melhores - se não o melhor - "bailaor" de flamenco dos século XX.

A sua estreia internacional deu-se quando tinha apenas quatro anos de idade, na Broadway, com a performance "Flamenco Puro". Aos 15, e após a morte do avô, o herdeiro maior desta arte criou o seu primeiro espetáculo. Em 2001, após ter dançado no Flamenco Festival USA, viu o prestigiado jornal The New York Times considerá-lo "o melhor artista que pisou a Big Apple em 2001".

"Se baila como se es" recordava-lhe o avô. E, em "Pinacendá", Farruquito sente-se mais identificado que nunca: "Andaluzia significa tudo", diz o artista de 35 anos. "Nasci e vivi em Sevilha, sou fiel à maneira de viver que existe nesta região. Grande parte da minha maneira de ser deve-se a esta terra e às gentes que se cruzaram no meu caminho. E isto, repito, é tudo. Porque há algo que está acima da profissão, e é o teu verdadeiro ser".

Os bilhetes para "Pinacendá" de Farruquito estão à venda no Coliseu, Ticketline e locais habituais, com o preço único de 10 euros.

Últimas oportunidades

Entretanto, o DDD tem ainda mais propostas para este sábado,
começando pela programação no espaço público designada DDD Out, que leva "Banana & Shots" de Xavier Santos à Praça das Cardosas (11h30 e 14h30) e "Novaciéries" dos (La) Horde à Praça de D. João II (17h00). Veja ainda as propostas de ar livre para domingo, aqui

Por outro lado, "Y por qué John Cage?" é a proposta de Jorge Dutor & Guillem Mont de Palol em estreia na mala voadora (15h00, sábado e domingo), enquanto o "Rumor" de Joana Providência sobre a obra de Christian Boltanski prossegue no Teatro Nacional São João (19h00 de sábado e 17h00 de domingo).

Ainda no sábado, pelas 22 horas, o Rivoli faz estreia nacional de "To Da Bone", do coletivo francês (La) Horde, que questiona acerca do papel que os novos mídia, sobretudo redes sociais como o Facebook ou o YouTube, podem ter na mobilização de multidões e na criação de movimentos de contestação.

Saiba tudo sobre os últimos momentos do Festival DDD - Dias da Dança 2018 ao pormenor clicando aqui.