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Está entregue ao Hospital de São João a ambulância para o transporte das crianças da ala pediátrica

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A ambulância, totalmente nova, equipada e com todas as condições de conforto para o transporte das crianças, familiares e profissionais de saúde, é cedida pelo tempo que for necessário, até à conclusão das obras da nova ala pediátrica do Hospital de São João. A garantia foi dada esta manhã por Rui Moreira, que se deslocou ao centro hospitalar para formalizar a entrega do veículo do Município e assinar o protocolo com o presidente do Conselho de Administração do CHSJ, António Oliveira e Silva.

A ambulância dos Sapadores Bombeiros do Porto, cedida pelo Município, já está na posse do Hospital de São João e começará a operar, de imediato, o transporte das crianças imunodeprimidas da ala pediátrica, tanto para deslocações internas como para a realização de tratamentos ou diagnósticos complementares fora do perímetro do hospital, o que acontece com frequência.

Considerada pelos médicos que nesta manhã tiveram oportunidade de a explorar por dentro como "o Ferrari" das ambulâncias, o veículo garante, também para o presidente do Conselho de Administração do Hospital de São João, "melhores condições [de transporte] para as crianças e para os pais que as acompanham", e ainda "maior segurança para os profissionais".

Mas, mais do que um equipamento que considera "muito importante" e que se tornará "no principal meio de transporte das crianças", António Oliveira e Silva destacou um aspeto "que vai para além do simbólico, que é a ligação fortíssima que há entre duas grandes instituições do Porto, neste caso a Câmara Municipal que sempre nos apoiou".

Para o administrador, que falava ao lado de Rui Moreira após uma visita realizada ao interior das instalações da ala pediátrica provisória com o autarca, a entrega desta ambulância "é mais um episódio de todo um processo em que o Dr. Rui Moreira e a Câmara Municipal do Porto sempre tiveram de grande simpatia com o centro hospitalar e em especial com a sua ala pediátrica", afirmou.

E, rematando, congratulou "toda a cidade e todos os cidadãos do Porto" que, manifestamente, "estão empenhados neste processo".

Protocolo é "contribuição da cidade para uma necessidade que todos conhecem"

Sabendo que o Município tinha a oportunidade de ceder este recurso sem prejuízo para os seus cidadãos, Rui Moreira apresentou a ideia em novembro, numa Assembleia Municipal, e logo em dezembro levou a proposta para a aprovação do Executivo, que deliberou por unanimidade esta cedência.

Nas palavras do presidente da Câmara do Porto, "este é um gesto importante da cidade", que certamente será útil para atenuar as dificuldades já vividas pelas famílias das crianças internadas na ala pediátrica do Hospital de São João.

Na verdade, sublinhou, não está tudo ultrapassado. "Viemos de um tempo muito difícil e o tempo fácil ainda não chegou", até porque "na melhor das hipóteses esta obra vai demorar pelo menos três anos", disse Rui Moreira, que lembrou conhecer também muito bem "as agruras da contratação pública".

Quando a ala pediátrica estiver pronta, a ambulância retornará ao BSB, indicou.

Hospital estima que no início do segundo semestre esteja tudo pronto para lançar a obra

De acordo com o presidente do Conselho de Administração do Hospital de São João, tudo indica que as obras possam arrancar no segundo semestre de 2019, uma vez concluída a revisão do projeto e lançado o ajuste direto para a empreitada.

Mas antes disso, já no mês de abril, é estimada a transferência provisória da pediatria oncológica, atualmente em contentores, para o edifício central do hospital. Também o serviço de pediatria cirúrgica, que já funciona no edifício principal, deverá integrar esta mudança, uma vez que António Oliveira e Silva reconhece que as condições de internamento não são atualmente as ideais.

Entretanto, a manutenção e beneficiação das instalações provisórias continuarão a ser regularmente realizadas. Segundo o administrador, só em 2017 foram realizadas 1 400 intervenções no espaço, área essa que foi projetada para ser uma solução provisória a três anos, mas que está em funcionamento há já sete anos.