Economia

Está a nascer no Bonfim um novo centro de negócios e o investimento ultrapassa os 10 milhões de euros

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As obras para a construção do Porto Business Plaza, que aproveita dois pisos do antigo centro comercial Central Shopping, já arrancaram. O investimento privado é superior a 10 milhões de euros e os primeiros espaços, que registam muita procura, ficam prontos em janeiro de 2021.

Entre a Rua de Santos Pousada e o Campo 24 de Agosto, o movimento das máquinas e o som próprio de um trabalho de construção civil desta envergadura, dão indícios fortes de que o que ali se ergue é mais do que uma simples obra de remodelação e reconversão.

Paredes-meias com o centro de excelência da Natixis, ali instalado desde o início de 2018, o futuro Porto Business Plaza, projetado pelos arquitetos Alexandre Burmester e Luís Alçada Baptista, nasce pela iniciativa de uma empresa do grupo SDC Investimentos, e no final da intervenção disponibilizará perto de 20 mil metros quadrados para novos escritórios, sendo que até no início do próximo ano, data prevista da inauguração, já contará com a oferta de 16 mil metros quadrados.

Recentemente, o vereador da Economia, Turismo e Comércio, Ricardo Valente, visitou a empreitada, a convite dos administradores do grupo SDC Investimentos, António Castro Henriques e Gonçalo Andrade Santos. Citado pelo Magazine Imobiliário, o responsável municipal sublinhou que "o sucesso deste empreendimento constitui mais uma prova da capacidade de atração da cidade do Porto, da oportunidade estratégica do plano de requalificação da zona oriental da cidade e, em particular, da freguesia de Bonfim".

A outra prova, também ela recente, corresponde ao investimento de 40 milhões de euros feito por um grupo israelita que, não assustado com a crise, prepara-se para construir no Bonfim um empreendimento residencial com cerca de 200 apartamentos, e ainda um empreendimento turístico.

Na freguesia está também instalada desde maio de 2019 a Talkdesk, "unicórnio" português que, ficou hoje a saber-se, vale atualmente mais de 3 mil milhões de dólares.

Com a conclusão desta fase prevista para março de 2021, os administradores da empresa confirmam já ser "plenamente percetíveis os benefícios das intervenções em curso sobre a qualidade do espaço", apto para receber empresas que necessitem de instalações muito funcionais e de grande dimensão, afirmam.

Já para Duarte Corrêa d'Oliveira, em representação da Cushman & Wakefield, imobiliária que vai comercializar em exclusivo estes espaços, "o Porto Business Plaza é a confirmação de que a zona oriental do Porto é um destino de escritórios e onde os grandes ocupantes querem estar devido à sua centralidade e aos excelentes serviços de transportes públicos de que usufrui", cita a mesma fonte.

Esta capacidade de atração da cidade para a instalação de novas empresas e negócios, não foi abalada pela crise. A procura continua a ser elevada, também graças ao trabalho que o Município do Porto tem desenvolvido neste domínio, através do gabinete de investimento InvestPorto, criado em 2015 por Rui Moreira.

Uma prioridade transferida para o próximo Plano Diretor Municipal (PDM), que apostado em continuar a proporcionar condições para atrair empresas e investimento para a cidade, tem prevista a criação de novas áreas de trabalho e de identificação urbana, que ficarão definidas na planta de qualificação do solo.