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Escultura de José Rodrigues inaugurada à entrada do Palácio dos Correios

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O escultor José Rodrigues deixa mais uma marca na cidade do Porto. "Salomé", um busto feminino em bronze, inspiração tão marcante ao longo da sua obra, apresenta-se agora à entrada do Edifício dos Correios, ao lado da Câmara Municipal.

A escultura de bronze patinado e polido, de seu nome “Salomé”, foi descerrada esta manhã por Rui Moreira, a convite do Palácio dos Correios, e na presença da filha do escultor, Ágata Rodrigues.

Por debaixo da obra pode ler-se a seguinte inscrição: “A bela e sedutora Salomé fascina o Rei, seu tio Herodes Antipas, com uma dança. O Rei, rendido ao seu encanto, promete à bailarina dar-lhe tudo o que ela quiser. Salomé, para vingar a mãe, pede a cabeça do profeta S. João Baptista”, da autoria de José Rodrigues (2005).

Na cerimónia, em que também se atribuiu o nome do escultor ao átrio do Palácio dos Correios, marcaram igualmente presença o vereador da Economia, Turismo e Comércio, Ricardo Valente, e o presidente da União de Freguesias de Cedofeita, Santo Ildefonso, Sé, Miragaia, S. Nicolau e Vitória, António Fonseca, entre outras personalidades.

Não sendo natural do Porto, José Rodrigues foi, durante toda a sua vida, portuense por direito.

Estudou e foi professor na Escola Superior de Belas Artes, fundou a Árvore Cooperativa Cultural, ergueu o “Cubo da Ribeira”, a escultura em homenagem ao Duque da Ribeira, o Monumento ao Empresário, na Avenida da Boavista, mas das suas mãos saíram muitas obras que se podem ver na cidade do Porto, como a “Pantera”, no Estádio do Bessa, ou o “Monumento a Humberto Delgado”, na Praça de Carlos Aberto.

Expôs em Tóquio, Paris e Macau, e ainda são de José Rodrigues algumas ilustrações de livros de Eugénio de Andrade, Jorge de Sena e Vasco Graça Moura.

Ao Porto deixou, ainda, um sonho pessoal: a Fundação José Rodrigues, que abriu na recuperada Fábrica Social, onde eram produzidos chapéus, precisamente onde o escultor teve, durante duas décadas, o seu atelier. É a sua filha, Ágata Rodrigues que hoje prossegue o trabalho da Fundação, desde o falecimento do artista, em setembro de 2016.