Proteção Civil

Equipa do Batalhão de Sapadores Bombeiros vence prova internacional em Braga

  • Paulo Alexandre Neves

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Uma equipa, representando o Batalhão de Sapadores Bombeiros (BSB) do Porto, venceu ontem, em Braga, a prova de resistência e superação “Escadórios da Humanidade”. Para além do primeiro lugar, na classificação por equipas, os Sapadores conseguiram um segundo lugar, na geral individual, e um primeiro e segundo lugares no escalão Seniores 1.

A prova, já na sua quarta edição, teve início no Pórtico do Bom Jesus do Monte (onde começa a célebre subida dos escadórios) e contou, à partida, com a participação de mais de 800 soldados da paz, em representação de 156 corporações de bombeiros, provenientes de nove países (Portugal, Espanha, Polónia, Roménia, Ucrânia, Brasil, Cabo Verde, Alemanha e Inglaterra). Destaque para a presença de mais de 130 bombeiras.

Os bombeiros subiram os 566 degraus dos escadórios do Bom Jesus, em contrarrelógio, com equipamento completo de proteção individual de bombeiro (cerca de 30 quilos de material de combate a incêndios urbanos), numa distância de 615 metros com 116 metros de desnível positivo. Acabaram a prova 613 soldados da paz.

Num cenário que, recentemente, passou a ser Património Cultural Mundial, pela UNESCO, inserido no património turístico-religioso Bom Jesus – Sameiro – Falperra, os Sapadores do Porto superam todas as dificuldades de um evento considerado já o maior em Portugal, o principal da Europa e um dos mais disputados no Mundo.

Em termos individuais, João Pedro Carvalho, do BSB, conquistou o segundo lugar, cumprindo a prova em cinco minutos e 37 segundos. O mais veloz foi Paulo Santos, do Regimento de Sapadores Bombeiros de Lisboa, com o tempo de 5 minutos e 34 segundos.

“Escadórios da Humanidade” é uma das poucas provas específicas para bombeiros, onde se testa a sua capacidade física e mental num ambiente natural e ao ar livre, sendo, portanto, altamente influenciado pelas condições climáticas. Permite desafiar os bombeiros nacionais e estrangeiros a ultrapassarem os seus limites (quer físicos quer psicológicos), assim como, promover o convívio, o espírito de entre ajuda, o companheirismo, a partilha e troca de experiências e conhecimento entre os diversos participantes.

Após a prova seguiu-se uma cerimónia inédita em Portugal: a bênção de capacetes, presidida por um padre também ele bombeiro.