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Entre as cidades inteligentes, o Porto ambiciona a independência energética

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O Município do Porto marca, mais uma vez, presença entre as cidades protagonistas de uma gestão inteligente e sustentável dos territórios. No Anuário Smart Cities 2024, o vice-presidente da Câmara destaca a estratégia de reforço da independência energética, que faz parte do caminho assumido rumo à neutralidade carbónica.

"A cidade do Porto assume-se como produtor de energia limpa de base solar, trabalhando para uma maior independência energética, e tendo como grande prioridade alcançar a neutralidade carbónica já em 2030", escreve Filipe Araújo, certo de que essa meta "só será alcançada com uma participação ativa de todos".

O também responsável pelo Ambiente e Transição Climática defende "uma transição energética justa, promovendo a eficiência energética, a utilização de fontes de energia renováveis e promovendo a literacia energética".

Sublinhando como "em 2021, a cidade do Porto mudou o paradigma no que respeita à gestão da área da energia", o vice-presidente refere como o Município optou "por seguir um caminho diferente e inovador, centrando na empresa municipal Águas e Energia do Porto a gestão e monitorização das infraestruturas energéticas da cidade". As 30 mil luminárias LED na iluminação pública permitem a redução do consumo de energia superior a 60% e uma poupança de custos anual superior a dois milhões de euros.

Paralelamente, escreve Filipe Araújo, "investimos na produção de energia solar fotovoltaica em edifícios municipais". O destaque vai para a Escola Básica de Agra do Amial, onde a instalação de painéis fotovoltaicos "irá integrar uma comunidade de energia renovável com um conjunto de edifícios, com 180 famílias".

A ambição, assume o vice-presidente, "é utilizar os telhados de todas as instalações municipais para produzir energia renovável, sempre associado a medidas de eficiência energética". Em 2024, a produção de energia elétrica renovável de cerca de 4GWh/ano deverá duplicar.

Com um investimento previsto de oito milhões de euros, até 2030, materializado na redução do IMI para incentivo à instalação de painéis, Filipe Araújo acredita que "estamos a construir uma cidade mais sustentável, com mais qualidade de vida e mais independente do ponto de vista energético, contribuindo assim para a neutralidade climática da cidade preconizada pelo Pacto do Porto para o Clima".

O Anuário Smart Cities reúne os exemplos de atuação de diversos municípios em matéria de desenvolvimento sustentável, ultrapassando desafios e definindo metas mais ambiciosas, seja nas alterações climáticas, na habitação, na saúde, na mobilidade, na energia, na economia circular ou na educação.