Proteção Civil

Em 24 horas, Proteção Civil Municipal dá resposta a 150 ocorrências devido ao mau tempo

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“Um pico de precipitação bastante alto” no período de duas horas resultou num elevado número de ocorrências na cidade durante o dia de ontem, quarta-feira. No total, a Proteção Civil Municipal deu resposta a 150 situações nas últimas 24 horas. Uma família de cinco elemento, que vive no Bairro dos Moinhos, nas Fontainhas, foi realojada pela Câmara do Porto no Seminário de Vilar. Aviso laranja está ativo esta-quinta-feira até às 18 horas.

A família – um casal com três filhos – que foi realojada no Seminário de Vilar é moradora do Bairro dos Moinhos, que, em janeiro, já havia sido fortemente afetado por chuvas torrenciais.

A Proteção Civil Municipal procurou uma resposta coordenada com a Segurança Social que, de acordo com o presidente da Câmara, “não atendeu o telefone”. Por isso, a família ficará alojada no seminário “o tempo necessário” até que a Domus Social tenha uma casa pronta a habitar.

A acompanhar a situação a partir do Centro de Gestão Integrada (CGI) do Porto, na noite de quarta-feira, Rui Moreira lembrou que aquele bairro “não tem condições de habitabilidade”, e afirmou que o Município já há uma semana, em preparação para as condições climatéricas que agora se confirmam, acordou “fazer a transferência de todos os moradores, se assim quiserem, para casas da Domus Social”.

Recorde-se que a Câmara do Porto está em processo de aquisição das casas naquela zona das Fontainhas, “não para habitação, mas para criar bacias de retenção”. “As pessoas têm que ter noção que não podem voltar para aquelas casas”, sublinha Rui Moreira.

De acordo com o comandante do Regimento de Sapadores Bombeiros (RSB), as ocorrências a que tiveram que responder prendem-se, essencialmente, com quedas de água e de estruturas, não havendo vítimas a registar. “Registou-se, entre as 18 e as 20 horas, um pico de precipitação bastante alto”, informa o tenente-coronel Carlos Marques.

As equipas, constituídas pelo RSB, pelos corpos de bombeiros voluntários, pela Polícia Municipal, pelo serviço municipal de Proteção Civil, bem como “outras entidades com dever especial de cooperação como a Águas e Energia do Porto, Domus Social, ou o departamento de Espaços Verdes”, trabalham “em rede para responder às ocorrências” e foram chamadas para 40 situações em apenas duas horas.

Perante um aviso laranja de precipitação e agitação marítima, e considerando a rapidez e imprevisibilidade destes fenómenos meteorológicos, as autoridades determinaram pela antecipação do encerramento da avenida Gustavo Eiffel na tarde de quarta-feira.

Acompanhado da vereadora com o pelouro da Proteção Civil, Catarina Araújo, Rui Moreira sublinhou a “pluviosidade absolutamente anormal”, com a queda de 20 litros de água por metro quadrado na zona do Campo 24 de Agosto e nas Fontainhas.

“Temos dois tuneis fechados, incluindo túnel do Campo Alegre. Os problemas maiores que tivemos foram no Bonfim, zona das Fontainhas, Costa Cabral, Foco, Cristo rei, Marechal Saldanha, mas muito a nível de caves, porque a cidade não consegue escoar esta quantidade de água”, frisou.

Depois da visita ao CGI, o presidente da Câmara do Porto e a vereadora com o pelouro da Proteção Civil deslocaram-se ao Parque Central da Asprela, onde o Município criou uma solução de base natural, permitindo que, em períodos de chuvas muito intensas, o espaço se torne numa grande bacia de retenção, com capacidade para dez mil metros cúbicos de águas pluviais.

O Município do Porto, através dos serviços de Proteção Civil, recomenda a toda a população que evite deslocações que não sejam absolutamente necessárias e a adoção de atitudes de autoproteção quando circula e continuará a acompanhar, permanentemente, a atualização destas previsões, implementando todas as medidas preventivas e de segurança adequadas e difundindo os avisos julgados necessários.

Em caso de emergência contacte o 112 ou o Regimento de Sapadores Bombeiros do Porto, através do número 225 073 700.