Cultura

Elogio à cultura na festa da nova temporada do Teatro Municipal do Porto

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A convocatória foi lançada e a cidade aderiu em peso para celebrar o arranque da nova temporada do Teatro Municipal do Porto, em comunhão com artistas, programadores e colaboradores. Há uma nova imagem, inspirada no ponto do "Porto.", que confere maior identidade a cada um dos seus dois pólos - Rivoli e Campo Alegre - e uma programação que promete continuar a agitar a cena cultural da Invicta.

A expansão do projeto continua e reinventa-se para melhor servir o público. A Praça de D. João I foi ontem o palco improvisado da festa de lançamento da nova temporada do Teatro Municipal do Porto (TMP) que, após a apresentação detalhada realizada no interior do Rivoli por Tiago Guedes, diretor artístico do TMP, continuou fora de portas, ao som do DJ set de Maria Gambina.

"Há quem diga que o Porto é só festa. Acho isso uma homenagem aos portuenses", interpretou o presidente da Câmara do Porto, no grande auditório Manoel de Oliveira, onde foi também assinalada a continuidade da aposta num dos programas municipais charneira do Executivo de Rui Moreira: o Cultura em Expansão.

Ainda lá dentro, revelaram-se pormenores sobre o primeiro semestre da temporada 2018/2019, impressos na agenda-livro distribuída a todos os presentes, suporte onde se encontra totalmente descodificada a programação que, durante o mês anterior, suscitou a curiosidade dos portuenses, em mupis dispersos pela cidade.

Com investimento aproximado de 575 mil euros até fevereiro de 2019, a cidade poderá contar com cerca de 63 espetáculos, num total de 120 apresentações, sendo que 14 deles são internacionais e, desses, 11 farão no Porto a sua estreia nacional, "sem incluir espetáculos a anunciar posteriormente, que serão inseridos em festivais como o Fórum do Futuro ou o Porto Jazz", referiu o autarca.

A forte presença de propostas internacionais de dança, teatro e música, "protagonizada por artistas oriundos de França, Espanha, Bélgica, Grécia, Alemanha, Ruanda, Itália, EUA e Suécia", foi sublinhada por Tiago Guedes, que deixou à plateia sem lugares vazios o anúncio de um novo horário, com base numa auscultação feita ao público durante a temporada anterior.

"Os espetáculos da noite passam a ter início às 21 horas", ou seja, meia hora mais cedo do que era habitual, informou.

Antes da festa prosseguir no exterior, tempo ainda de Tiago Guedes revelar uma surpresa: o público foi convidado a descobrir locais do teatro a que normalmente não tem acesso, com a vantagem de poder interagir com os seus colaboradores que, para além de darem informação adicional sobre a programação, puderam contar curiosidades sobre os bastidores do teatro.

Alguns destaques da programação

À cabeça dos 63 espetáculos, surge a Companhia Nacional de Bailado (CNB) e as criações de Tânia Carvalho, apresentadas recentemente em Lisboa ("Olhos Caídos" e "A Tecedura do Caos", que estrearam na Bienal de Dança de Lyon, e a nova criação "S" com música original de Diogo Alvim).

Dança com Noé Soulier (França) e teatro pela Público Reservado e pelo Teatro Praga são outros destaques de setembro, já depois da grande festa que apresentará ao pormenor e a toda a região Norte o que o TMP está a preparar com este novo modelo de programação que pretende criar e fidelizar novos públicos. São ainda de realçar o FIMP - Festival Internacional de Marionetas do Porto, a reforçada aposta no programa para famílias, o Fórum do Futuro, o encerramento do Cultura em Expansão e a comemoração do 87.º aniversário do Rivoli que durará dois dias, em janeiro, e oferecerá à cidade nove espetáculos, tendo como mote "100% Porto" - um projeto que convoca 100 habitantes da cidade para o palco, num espetáculo que irá traçar o perfil demográfico e social do Porto.

Estas e todas as outras informações sobre a programação do primeiro semestre estão versadas na agenda-livro, produzida pelo estúdio de Eduardo Aires (responsável pela criação da marca "Porto."). Suporte de comunicação que, aliás, vê versada a reformulação da imagem do Teatro Municipal do Porto, conferindo com ela maior identidade e autonomia ao Rivoli e ao Campo Alegre.