Política

Eixo Atlântico reuniu no Porto

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O Eixo Atlântico do Noroeste Peninsular reuniu hoje, pela
primeira vez, no Porto. Em cima da mesa estiveram questões como a ligação
Porto-Vigo e o desinvestimento da TAP no Aeroporto Francisco Sá Carneiro.


 


Esta foi a primeira vez que uma reunião do Eixo Atlântico do
Noroeste Peninsular reuniu na cidade do Porto. A instituição apresenta-se como
um espaço de cooperação natural entre os municípios dos dois lados da
fronteira, Portugal e Espanha. Entre outros, apresenta como principais objetivos,
a dinamização do turismo e a valorização dos recursos, estimulando o potencial
económico e social das regiões abrangidas, através de matérias como o desporto
e a cultura.


 


A próxima reunião do Eixo Atlântico está marcada para o dia
16 de fevereiro, em Santa Maria da Feira e contará com a presença do ministro
do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques.


 


Nesta reunião, seguida de conferência de imprensa, Ricardo
Rio, presidente do Eixo Atlântico do Noroeste Peninsular e da Câmara Municipal
de Braga, manifestou insatisfação com alguns acordos assumidos com o Governo de
Portugal, que apresentam atrasos consideráveis, apesar da já existência de
fundos estruturais para o efeito.


 


Ricardo Rio mostrou-se também reticente quanto a projetos de
grande importância para as regiões afetas ao Eixo Atlântico, como é o caso, da ligação
ferroviária Porto-Vigo e da ligação rodoviária Bragança-Puebla de Sanabria que
deveriam estar concluídos em 2017, mas como os concursos ainda nem sequer foram
lançados, só se prevê a sua conclusão em 2019/2020.


 


Xao Mao, secretário-geral do Eixo Atlântico, considerou
ainda "esquisito" que o anterior Governo não tenha desejado avançar com a
ligação ferroviária Lisboa-Corunha, através de Porto-Vigo, e agora seja
anunciada a ligação aérea Lisboa-Vigo, através da TAP.


 


Relativamente
ao desinvestimento da TAP na região Norte, o Eixo Atlântico revela
apreensão, embora considere a medida legítima por ser realizada pela
transportadora enquanto operador privado,
decisão esta, nas palavras de Ricardo Rio, "coerente" com opções do passado,
quando a TAP ainda era pública, subscrevendo a ideia do autarca portuense, Rui Moreira, para quem há que encontrar agora operadores privados que queiram fazer
as ligações suspensas pela TAP.