Ambiente

Educação ambiental: as osgas e as suas patas inspiraram os cientistas

  • Porto.

  • Notícia

    Notícia

DR_Osga_Comum.jpg

No mais recente episódio da série “De Binóculos no Sofá”, a equipa de educação ambiental da Câmara do Porto apresenta a osga-comum. Também conhecida como osga-moura, trata-se de uma espécie abundante no centro e sul do país, mas que também pode ser avistada no Porto. O seu nome científico é Tarentola mauritanica e só existe na bacia do Mediterrâneo.

No Porto, a melhor altura para encontrar e observar osgas é entre março e outubro, explica a equipa municipal de educação ambiental. Este réptil pode ter uma grande variação na sua cor, já que é capaz de ficar mais escuro ou mais claro de acordo com o seu estado fisiológico, as condições ambientais, a exposição solar e, claro, para se camuflar no meio envolvente.

Necessita de dormir pouco, dado ser quase tão ativa de dia como de noite. Em dias de muito calor, só saem dos seus refúgios ao final do dia – uma ótima altura para as ver nas paredes, junto aos candeeiros, a caçar insetos atraídos pela luz.

Cada um dos cinco dedos da osga é achatado e tem uma almofadinha na ponta, constituída por pequenas sedas ramificadas em milhões de microestruturas, o que resulta em milhares de pontos de contacto, independentemente da superfície. Estas nanoestruturas têm a capacidade de ligarem e desligarem a aderência às superfícies.

Esta característica tem sido amplamente estudada para ser imitada no desenvolvimento de tecnologias. Recentemente, uma equipa de cientistas da qual faz parte um português desenvolveu um adesivo inspirado nos dedos da osga, que é biodegradável e poderá ser utilizado nas mais delicadas cirurgias.

A quem as avistar pela cidade, a equipa de educação ambiental deixa o desafio de tirar uma fotografia e partilhá-las nas redes sociais com a hashtag #debinóculosnosofá.

Noutros episódios da série “De binóculos no sofá”, a equipa de Ambiente da Câmara do Porto observou o mocho galego, a conturbada relação entre abelhas e vespas, a cerejeira, a joaninha, o pisco-de-peito-ruivo, a carriça, o amieiro, a camélia, salamandra-de-pintas-amarelas, o pardal ou o azevinho. Todos os episódios estão disponíveis no YouTube do portal Porto. ou através das hashtags #ambientedescomplicado, #historiascomambientedentro, #biodiversidadeemcasa e #atelierdaboavida.