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Educação Ambiental: A conturbada relação entre abelhas e vespas

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Ainda que, quando voam à nossa volta, possam parecer iguais, é fácil distinguir as abelhas dos diferentes tipos de vespas. Neste episódio de “De binóculos no sofá”, a equipa de Educação Ambiental da Câmara do Porto ensina a reconhecer três espécies e a dar o alerta sobre vespas asiáticas.

Une-as a mesma ordem, a dos hymenoptera, que classifica as espécies dotadas de membranas e asas. Mas pouco mais. Vistas de perto, a abelha europeia, a vespa europeia e a vespa asiática apresentam caraterísticas singulares. E a capacidade de distinguir pode, no limite, tornar-se vital para o ecossistema.

A mais conhecida, a abelha europeia, é a abelha do mel e um dos principais polinizadores de plantas. Tem à sua responsabilidade os frutos de ¾ das culturas agrícolas. Um papel vital para a mais pequena das três espécies, que vive ameaçada tanto pelo abusivo uso de pesticidas, como pela presença de espécies invasoras.

Na família das vespas, a europeia distingue-se da asiática pela cor: enquanto na primeira as patas são avermelhadas, na segunda são de cor amarela. A vespa asiática é a maior e mais perigosa das três.

Segundo explica a equipa de Educação Ambiental do Município, a vespa asiática entrou em Portugal em 2011 e tem vindo a dispersar-se rapidamente pelo território. Ainda que ambas as vespas se alimentem de abelhas, a europeia é menos predadora da espécie porque também come traças ou moscas. Já a asiática tem preferência por insetos polinizadores.

Além do ataque direto, a sua presença faz diminuir a atividade das abelhas, tanto na produção de mel como na polinização das plantas e as colónias que cria crescem rapidamente, podendo chegar aos 13 mil exemplares, sendo que cada colónia pode ingerir meio quilo de abelhas todos os dias.

Ainda a aprender a defender-se, a abelha usa métodos como a construção de paredes de própolisou de tapetes de abelhas que, através da agitação sincronizada, emitem um zumbido ampliado e dissuasor.

De forma a contribuir para aliviar a forte pressão das vespas asiáticas sobre as abelhas, a equipa de Ambiente sugere que, sempre que for detetado um ninho desta espécie, seja dado o alterta através do website stopvespa.icnf.pt, da Linha Porto. 220 100 220 ou da SOS Ambiente 808 200 520.

Noutros episódios da série “De binóculos no sofá”, a equipa de Ambiente da Câmara do Porto observou a cerejeira, a joaninha, o pisco de peito ruivo, a carriça, o amieiro, a camélia, salamandra-de-pintas-amarelas, o pardal ou o azevinho. Todos os episódios estão disponíveis no YouTube do portal Porto. ou através das hashtags #ambientedescomplicado, #debinoculosnosofa, #historiascomambientedentro, #biodiversidadeemcasa e #atelierdaboavida.