Economia circular da cidade em destaque no Festival of the New European Bauhaus

A primeira edição do Festival of the New European Bauhaus, que decorreu em Bruxelas, entre os dias 9 e 12 de junho, contou com a participação do Município do Porto, através da apresentação do programa sobre a redução, reciclagem e circularidade dos resíduos orgânicos na cidade. Esta foi uma oportunidade para explorar os valores do Novo Bauhaus europeu, nomeadamente a beleza, sustentabilidade e união, bem como o seu poder para enfrentar os desafios da sociedade.

A primeira edição contou com exposições, perfomances artísticas, conferências, seminários, entre outros. Aproveitando a realização do festival, o “100 Intelligent Cities Challenge (ICC)”, a iniciativa da Comissão Europeia, que apoia 136 cidades na implementação do desenvolvimento de práticas de economia circular e na qual se insere o Porto, dinamizou um programa independente específico sob o tema “Desenvolver práticas de economia circular e de partilha nas cidades”.

Este programa reuniu esta vibrante comunidade internacional e proporcionou a partilha de case studies por parte de um conjunto de cidades do ICC. Assim, o Porto juntou-se a outras três cidades europeias – Região Metropolitana de Amesterdão (Holanda), Leuven (Bélgica), Pescara (Itália) e Sofia (Bulgária) – para apresentar, neste âmbito, as iniciativas de maior relevo.

A participação do Município foi coordenada pela Porto Digital, que desafiou o Departamento Municipal de Planeamento e Gestão Ambiental, do Pelouro do Ambiente e Transição Climática, para uma apresentação sobre as medidas em implementação no município, no âmbito do seu roadmap para a economia circular.

Partindo de exemplos de vários projetos de sucesso e com impacto direto na comunidade portuense (Hortas Urbanas e Compostagem Comunitária ou o Projeto Orgânico do Porto, entre outros), foram partilhados os objetivos macro de uma mudança que tem trazido grandes conquistas nesta área, a saber: estimulação da produção local e regional, acesso a alimentos saudáveis e sustentáveis, aumento da recolha seletiva de resíduos alimentares, valorização destes resíduos por meio da compostagem, fechando o ciclo, mitigação do desperdício alimentar, tirando o máximo partido dos alimentos e produzindo e consumindo apenas o necessário e envolvimento dos cidadãos e dos atores locais, por meio da sensibilização, encorajamento e valorização das boas práticas.

Para o futuro, foi ainda assumida a intenção de manter a trajetória dos últimos anos, com alguns projetos de circularidade em marcha para alcançar uma economia mais sustentável e ambientalmente responsável.