Sociedade

Dos três aos 92, todos fazem parte dos 85 anos da Polícia Municipal

  • Porto.

  • Notícia

    Notícia

Chama-se “cadáver esquisito”, mas é uma técnica cheia de cor e criatividade aquela que a Polícia Municipal escolheu para a proposta que marca a celebração dos seus 85 anos de atividade. Lado a lado com instituições locais, nasceram desenhos e mensagens sobre o muito que aproxima a polícia da cidade com um único traço orientador: “O Polícia a sete cores” mostra como todos, agentes e cidadãos, são cobertos e feitos das mesmas cores.

O presidente da Câmara do Porto passou pela esquadra para conhecer o projeto e apagar as velas durante a manhã, mas foi pela tarde que o local se encheu da curiosidade das crianças para conhecer os cães que ajudam o trabalho da polícia, aprender técnicas de defesa pessoal e fazer de conta que saem nos veículos policiais – com direito a sirene e tudo - em emergência para responder a pedidos de socorro.

Lá dentro, há uma parede agora mais colorida. São sete painéis pintados a várias mãos, por “artistas” dos três aos 92 anos. O convite às escolas Paulo da Gama, S. João da Foz, Pasteleira e Condominhas, assim como ao Centro Social Rainha D. Leonor e à Associação Somos Nós partiu da Polícia Municipal.

“Convidámos os nossos parceiros para que a polícia se aproxime da comunidade e para que a comunidade também se aproxime da polícia e esteja à vontade com a polícia”, explica a comissário Carina Pires.

“A polícia também faz parte desta sociedade, é um ator que está em paralelo, nunca em supremacia, um ator que colabora, ao contribuir para a segurança das pessoas, a par com todos”, acrescenta o comandante da Polícia Municipal, o intendente António Leitão da Silva, explicando que o desafio pressupunha que “a narrativa do primeiro painel deixasse apenas algumas pistas para o segundo, sendo que quem faz um painel não sabe o que foi desenhado no anterior”.

Ambos concordam com o “resultado muito interessante” do trabalho, que, confirma o comandante, “revela a proximidade que a Polícia tem com a comunidade”. “Não há polícias afastados. É como o arco-íris que, quando aparece, nos cobre a todos por igual”, reforça António Leitão da Silva.

Para a comissário, os diferentes imaginários pintados no painel “permitem-nos perceber que, consoante as idades e os contextos, há diferentes ideias daquilo que é a polícia”. O intendente António Leitão da Silva sublinha que, muitos dos traços desenhados revelam “até alguma experiência policial direta, um imaginário com laivos de realidade”.

“É muito importante que, cada vez mais, as pessoas percebam que a polícia está cá para ajudar, que o polícia é um amigo, é aquele que devem procurar, não só em situações de urgência e situações menos agradáveis, mas também nas situações boas, na proximidade com a comunidade”, conclui Carina Pires.