Turismo

Dormidas de longa duração no Porto em 2022 superam dados de 2019

  • Paulo Alexandre Neves

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Em 2022 registaram-se mais de 314 mil dormidas de longa duração (mais de sete noites consecutivas) na cidade em alojamentos locais, superando idênticos dados de 2019 (pré-pandemia), em que se situaram nas 166 mil dormidas. Estes dados foram revelados, esta sexta-feira, durante o Conselho Municipal de Turismo, pela vereadora responsável pelo setor.

"No início de 2022 não sabíamos o que iria acontecer a este setor. De uma forma surpreendente chegamos a estes números", afirmou Catarina Santos Cunha, adiantando que o desafio maior virá nos próximos anos, passando "por manter estes níveis".

De acordo com o Instituto Nacional de Estatística (INE), recentemente divulgados, no Porto registaram-se 4,8 milhões de dormidas em 2022 (6,9% do total do país), +4,4% face a 2019 (+8,2% nos residentes e +3,6% nos não residentes).

A vereadora do Turismo e da Internacionalização destacou também, perante os conselheiros presentes no auditório da Biblioteca Municipal Almeida Garrett, o regresso dos mercados de longa duração (como, por exemplo, o Brasil e os EUA), o reforço de novas rotas (Israel, Dubai, Reino Unido, centro e norte da Europa), que "aproximam o Porto a esses destinos" como alguns dos fatores que contribuíram para os resultados obtidos.

"Mais do que recuperar, este é o momento de renovar, de recriar e de reescrever", sublinhou Catarina Santos Cunha, para quem "é preciso qualificar o destino, atraindo novos mercados e nichos de mercado, aumentando a estadia média na cidade e, acima de tudo, criando novas narrativas que permitam descentralizar os fluxos de pessoas do centro para os bairros, gerar novas oportunidades, diversificar oferta e experiências".

As apostas do Executivo, para os próximos anos, passa pela Visão de Futuro para a Sustentabilidade do destino Porto, apresentado no final do ano passado. Hoje, no Conselho Municipal, coube à diretora de Departamento Municipal de Turismo apresentar as principais linhas do documento estratégico. "Pretendemos ser um destino mais competitivo e sustentável", disse Fátima Santos.

Pacto para o Clima apresentado aos conselheiros

Presente no início do Conselho Municipal esteve o vice-presidente e vereador do Ambiente, Filipe Araújo, que revelou os principais eixos de ação do município nesta área e constantes no Pacto do Porto para o Clima, já assinado por mais de 200 subscritores. "O grande objetivo que traçamos é atingir a neutralidade carbónica em 2030", afirmou.

Para além, o Porto foi selecionado pela Comissão Europeia para participar na Missão de Adaptação às Alterações Climáticas, voltando a colocá-lo na linha da frente das cidades com melhores políticas ambientais.

A Missão tem como objetivo apoiar, pelo menos, 150 regiões e comunidades europeias a tornarem-se resilientes ao clima até 2030, num desafio que procura transformar os grandes problemas das cidades em soluções eficazes e inovadoras capazes de responder à urgência climática e à crise da biodiversidade.

Depois da seleção do Porto como uma das 100 Cidades Inteligentes e com Impacto Neutro no Clima em 2030, a Comissão Europeia colocou a Invicta no centro do combate às alterações climáticas, reconhecendo o caminho traçado pela cidade rumo a um futuro resiliente e sustentável.