Urbanismo

Domus Social transforma antiga escola primária numa creche

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Cerca de três décadas depois do seu encerramento, e após a conclusão das obras de reabilitação geridas pela Domus Social, a antiga escola primária localizada na ligação da Rua do Tâmega com a Rua do Corgo, em Paranhos, volta a abrir portas. Os protagonistas continuam a ser os mais pequenos, mas o cenário foi totalmente renovado para receber a creche da associação ADARSOL e um laboratório do IPATIMUP, aberto ao público infantojuvenil.

Numa visita ao edifício, o vereador do Urbanismo e Espaço Público e da Habitação, Pedro Baganha, fez-se acompanhar do presidente da Junta de Paranhos, Miguel Seabra, e do arquiteto responsável pelo projeto, João Fonseca, para conhecer e parabenizar o trabalho realizado naquele espaço, com um investimento aproximado de 600 mil euros.

Com data de construção de 1939, a escola primária agora reabilitada já tinha fechado portas na década de 90. O objetivo da intervenção da Domus Social foi reestabelecer o ordenamento funcional do edifício e dos espaços exteriores, que se perderam ao longo dos tempos, resultando numa ocupação dispersa e desintegrada do espaço, sobrepondo-se programas, percursos e acessos.

O desenho do projeto é da responsabilidade da JF&GP Arquitectura e Design, Lda. e visou clarificar, hierarquizar e enquadrar os espaços de forma a permitir uma utilização e coexistência harmoniosa de diferentes instituições.

Solução sustentável e com custos controlados

Para cumprir esse objetivo, o edifício passou a funcionar numa lógica de separação entre pisos, com acessos independentes: o piso térreo passou a abrigar uma creche para famílias em situação de vulnerabilidade social, sob gestão da instituição ADARSOL; por sua vez, o piso superior, que já tinha sido ocupado, em 2007, por um projeto de ensino experimental do IPATIMUP – Instituto de Patologia e Imunologia Molecular da Universidade do Porto, mantém ali as suas funções, num espaço agora reabilitado.

Durante todo o processo procurou-se uma intervenção pontual, que respeitasse as pré-existências, no sentido de encontrar uma solução sustentável e de custos controlados.

No rés-do-chão, a creche foi projetada para ter acesso direto ao pátio e jardim, com espaços interiores divididos em unidades autónomas para diferentes faixas etárias. Adicionalmente, conta com uma cozinha e outras áreas para convívio e atividades.

O piso superior mantém a sua organização anterior à obra, com duas salas de experimentação laboratorial, mais um apoio de arrumos com sanitários e copa de funcionários. A novidade é que passa a dispor dum acesso independente ao exterior através duma galeria coberta e uma varanda com escadas que levam a uma praça comum, localizada na parte frontal do edifício.