Mobilidade

Do Porto a Matosinhos em bicicleta à distância de oito quilómetros numa nova ciclovia

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Filipa Brito

Do papel para a estrada, as câmaras do Porto e de Matosinhos assinaram um contrato com o Fundo Ambiental para unir as duas cidades através de uma nova via ciclável. Com uma extensão de oito quilómetros, e um investimento de 1,7 milhões de euros, a ciclovia vai permitir pedalar deste a Trindade até aos centros de S. Mamede de Infesta e de Matosinhos.

O novo traçado nasce de uma candidatura conjunta das duas cidades no âmbito do programa Portugal Ciclável o que permite que a verba total seja financiada – em 750 mil euros – pelo Fundo Ambiental. O restante será dividido entre Porto (46%) e Matosinhos (54%), que ficará responsável pela ligação desta ciclovia ao Corredor Verde do Leça.

A celebração do contrato, contou com a presença do vereador do Urbanismo e Espaço Público da Câmara do Porto, Pedro Baganha, da presidente da Câmara de Matosinhos, Luísa Salgueiro, do ministro do Ambiente e Ação Climática, José Pedro Matos Fernandes, do secretário de Estado da Mobilidade, Eduardo Pinheiro, e da diretora do Fundo Ambiental, Alexandra Carvalho.

“O grande combate desta geração é o das alterações climáticas”, sublinhou o ministro do Ambiente. João Pedro Matos Fernandes não tem dúvidas de que “temos que nos transportar de outra forma. Portugal reduziu já em 32% as suas emissões de carbono, mas há um setor onde tem crescido, que é o dos transportes. De 25% aumentou para 28% as suas emissões de carbono”.

Até 2030, o país prevê a existência de 960 quilómetros de ciclovias, num investimento global de 300 milhões de euros. A aposta nestas formas de deslocação mais amigas do ambiente, acredita o ministro, vai permitir poupar entre 23 mil e 50 mil toneladas de dióxido de carbono.

Para o representante do governo central, “só as autarquias conhecem os seus munícipes e podem desenhar soluções no território com vista a alterar comportamentos”. Das sete candidaturas aprovadas neste segundo aviso do Portugal Ciclável, cinco são na Área Metropolitana do Porto.

Além da ciclovia entre a Trindade e Matosinhos, o Fundo Ambiental vai ainda comparticipar a extensão da ligação ciclável entre a Asprela e Baguim do Monte, com passagem por Rio Tinto, que irá disponibilizar quase seis quilómetros para a deslocação em modos suaves. Com um montante total aprovado de 970 mil euros, o 728 mil virão do Estado, enquanto os municípios do Porto (70%) e de Gondomar (30%) dividirão o restante.

Dentro da cidade, a ligação entre o Campo Alegre e a Asprela, ou a iniciativa dos alunos do Colégio Luso-Francês de pintar uma ciclovia até ao Polo Universitário, são exemplos do esforço de contribuir para uma mobilidade urbana mais verde e para a redução de 50% das emissões de dióxido de carbono até 2030, a que o Porto se propôs.