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Direitos digitais e inclusão juntam políticos e especialistas de diversas cidades em Barcelona

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"Hoje, não estar conectado à Internet, não ter acesso a dispositivos de qualidade ou as habilidades necessárias significa estar mais vulnerável, perder direitos fundamentais e não poder participar plenamente da vida social". Foi com este propósito que a Coligação de Cidades para os Direitos Digitais (CC4DR, na sigla em inglês) reuniu, esta quinta-feira, em Barcelona, políticos e especialistas do setor.

A representar a Câmara do Porto, o vice-presidente destacou o investimento que a cidade tem vindo a fazer, através da Porto Digital, seja na infraestrutura tecnológica, que tem sido reforçada para maximizar a conetividade da cidade e a capilaridade de toda a rede, seja ao nível das aplicações e serviços digitais desenvolvidos pelo Município e colocados à disposição do cidadão.

Filipe Araújo, que também tutela a Inovação e Transição Digital, levou ao encontro o exemplo do Porto Free Wi-Fi, a rede sem fios de acesso gratuito, à qual já se conectaram cerca de um milhão de utilizadores. Só este ano já foram realizadas quatro milhões de sessões na rede presente em zonas da cidade, como parques, jardins ou praias, disponível também através da maior rede mundial utilizada no meio académico, a Eduroam.

O vice-presidente apresentou ainda o CommuniCity, projeto desenvolvido em parceria com várias cidades europeias, que pretende aproximar a tecnologia às pessoas da zona de Campanhã, de forma inclusiva, e proporcionando oportunidades digitais que melhorem diretamente a qualidade de vida.

Filipe Araújo lembrou, no congresso da Coligação de Cidades para o Direitos Digitais, que o Porto colabora, de forma entusiasmada, com outras cidades neste âmbito, aprofundando as boas práticas para executar, de forma eficiente, o objetivo de gerar uma transição digital justa e inclusiva.

A reunião foi liderada pela vice-presidente de Barcelona, Laia Bonet, e contou ainda com a presença da homóloga de Bordéus e com representes de Amesterdão e Nova Iorque, bem como das Nações Unidas e do Eurocities.

A CC4DR é uma rede de cidades - da qual o Porto faz parte - que se entreajudam no que se refere à elaboração de políticas baseadas nos direitos digitais, encarando-os com uma preocupação que exige grande responsabilidade e uma crescente responsabilização dos representantes de cargos políticos.