Sociedade

Descobrir Bordalo Pinheiro, o ceramista

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Reconhecido
essencialmente pelo seu trabalho como caricaturista, Rafael Bordalo Pinheiro
(1846 - 1905) deixou também uma vasta obra como ceramista. A partir de hoje, 13
de julho, e até final de agosto, é essa faceta menos conhecida que pode ser
descoberta no Edifício da Reitoria da Universidade do Porto pela mão de um
grupo de estudantes da Faculdade de Belas Artes da U.Porto (FBAUP),
protagonistas da exposição "Bordalo Pinheiro: 170 anos depois por alunos de
Belas Artes".


Integrada
nas comemorações dos 170 anos do nascimento de Rafael Bordalo Pinheiro, esta
exposição inédita vai reunir cerca de duas dezenas de trabalhos em vidro e
cerâmica, produzidos por estudantes dos diferentes ciclos de estudo da FBAUP.
Em cada um dos trabalhos, os novos talentos de Belas Artes apresentam a sua
interpretação pessoal sobre a obra do artista que eternizou o "Zé Povinho".


Comissariada
por Teresa Almeida e Leonor Dupic, a exposição resulta de uma organização
conjunta da Unidade de Cultura da Reitoria da U.Porto e da FBAUP, com o apoio do
Museu Bordalo Pinheiro.


A abertura
de "Bordalo Pinheiro: 170 anos depois por alunos de Belas Artes"está prevista
para as 17h00 do dia 13 de julho, quarta-feira. Após este momento inaugural, a
exposição pode ser visitada até 31 de agosto, de segunda a sexta-feira, entre
as 10 e as 18 horas, na sala de exposições temporárias da Reitoria da U.Porto.


A entrada é
livre.


 


Sobre Bordalo Pinheiro


Natural de
Lisboa, cidade onde nasceu a 21 de março de 1846, Rafael Bordalo Pinheiro foi
um dos maiores impulsionadores da caricatura em Portugal. Celebrizado pela
representação popular do Zé Povinho, apresentada pela primeira vez em 1875 e
que se veio a tornar num símbolo do povo português, notabilizou-se também pelas
caricaturas inspiradas em personalidades do mundo da literatura e da política
da época. Com uma obra vasta dispersa por dezenas de livros e publicações,
distinguiu-se ainda como desenhador, aguarelista, ilustrador, decorador,
jornalista e ceramista.


O seu trabalho
como ceramista ganhou uma dimensão assinalável a partir de 1884, quando assumiu
a chefia do setor artístico da Fábrica de Faianças das Caldas da Rainha. Entre
as temáticas mais comuns dass suas peças (pratos, azulejos, vasos, jarrões,
bilhas, entre outras) destacam-se os motivos ligados à Natureza (flores,
frutos, mamíferos, peixes e mariscos, insectos, répteis e batráquios, etc.) mas
também figuras como o Zé Povinho, a Maria Paciência, a ama das Caldas, entre
outras.


Atualmente,
grande parte da sua obra encontra-se reunida no Museu Rafael Bordalo Pinheiro,
em Lisboa.


 


Fonte: Portal de Notícias da U.Porto