Defesa dos EUA financia projeto inovador de investigadora no Porto
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O Departamento de Defesa (Ministério da Defesa) dos Estados Unidos da América atribuiu mais de um milhão de euros a um projeto de investigação inovador do Instituto de Investigação e Inovação em Saúde (i3S) da Universidade do Porto.
O financiamento vai beneficiar o trabalho da investigadora Salomé Pinho no campo da Doença Inflamatória Intestinal (DII) e desenvolver novas estratégias de prevenção. A DII é considerada uma doença global do século XXI, afeta cerca de 2,5 milhões de pessoas na Europa e estima-se que cerca de 15 a 20 mil indivíduos sofram da doença em Portugal.
O projeto visa caracterizar uma população de militares norte-americanos que desenvolveram DII (doença de Crohn e colite ulcerosa).
Segundo a investigadora e líder do grupo "Immunology, Cancer & GlycoMedicine" do i3S, o que está agora em causa é "um estudo pioneiro que caracteriza uma população única a nível mundial (antes e após o diagnóstico da DII) que permitirá identificar biomarcadores que possibilitarão um diagnóstico precoce da doença e, desta forma, a implementação de estratégias preventivas primárias (prevenindo o aparecimento da doença em indivíduos saudáveis) ou secundárias (que visam atrasar o inicio e progressão clinica da doença em indivíduos de risco)".
A DII é uma doença crónica do trato gastrointestinal, que afeta sobretudo indivíduos jovens em idade ativa. Não havendo uma causa conhecida, não há forma de ser prevenida. Como tal, existe uma necessidade urgente na prática clinica de novos marcadores que auxiliem um diagnóstico precoce de forma a serem implementadas estratégias preventivas que visem impedir e/ou atrasar o desenvolvimento da doença.
O projeto liderado pela equipa do Porto conta com a colaboração de investigadores do centro de investigação médica da Marinha Norte-Americana e de especialistas na área da DII do Hospital Mont Sinai em Nova Iorque, sendo que quase 90% do projeto vai ser desenvolvido no i3S.