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Debate abordou experiência do Porto no recurso às soluções baseadas na natureza

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Sessão integrada no programa da Semana de Reabilitação Urbana deu a conhecer a experiência do Município do Porto no recurso às soluções baseadas na natureza, no âmbito da sua estratégia de adaptação às alterações climáticas.

O painel “Coberturas verdes em Portugal: estratégia, conceito e experiência”, organizado pela Associação Nacional de Coberturas Verdes (ANCV) e inserido na Semana de Reabilitação Urbana, que nesta quinta-feira termina na Alfândega do Porto, apresentou diferentes perspetivas sobre as coberturas verdes e a experiência portuguesa.

A sessão contou com a presença do vice-presidente Filipe Araújo, que detém o pelouro do Ambiente e Transição Climática, e fez uma comunicação intitulada “Potenciar as soluções baseadas na natureza na adaptação às alterações climáticas: o caso da cidade do Porto”.

Sublinhando a convicção que “a natureza é a grande fonte de inspiração para enfrentar muitos dos desafios ambientais e, por isso, uma parte substancial das medidas em curso de adaptação às alterações climáticas passam por potenciar e implementar as chamadas soluções baseadas na natureza”, Filipe Araújo apresentou a radiografia às principais vulnerabilidades climáticas e vários exemplos concretos de “terapêutica”.

Entre eles, o vice-presidente citou o desenvolvimento de um Índice Ambiental para melhorar o conforto bioclimático dos mais vulneráveis e combater a pobreza energética dos edifícios; a expansão de floresta urbana nativa, da rede de hortas e das coberturas ajardinadas (caso do Terminal Intermodal de Campanhã ou da sede das empresas municipais Porto Ambiente e GO Porto); ou ainda de parques urbanos que terão uma importante papel de “esponja” para conter a precipitação em episódios extremos (casos do Parque Urbano da Asprela e, mais recente, do Parque da Alameda de Cartes).

Dentro do mesmo evento, e para além da partilha do Município do Porto, constaram comunicações sobre os “Serviços ecossistémicos proporcionados pelas soluções baseadas na natureza” e “Avaliação económica das coberturas verdes”, tendo ainda sido lançado pela ANCV o guia técnico para coberturas verdes.