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De binóculos no sofá: a química entre a borboleta cauda de andorinha e a arruda

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Ter arruda na horta ou no jardim é garantia de atrair a borboleta cauda de andorinha. No novo episódio “De binóculos no sofá”, a equipa de Educação Ambiental da Câmara do Porto explica a atração de uma das mais bonitas borboletas por uma planta pestilenta.

E é tudo uma questão de química. Com um nome científico que significa curandeiro, um conhecedor das plantas e dos seus poderes, a fêmea da borboleta cauda de andorinha demonstra uma enorme atração pela arruda como local preferencial para depositar os ovos.

Com um odor forte e desagradável, a arruda é muito adequada para alimentar as futuras lagartas, verdadeiras devoradoras das folhas frescas e caules.

É através das antenas que a borboleta reconhece uma boa arruda para os ovos porque são esses elementos que permitem detetar os compostos químicos presentes nos óleos essenciais da planta.

Há investigadores que defendem que uma borboleta que se alimentou de arruda em lagarta vai, com certeza, escolher essa planta como alimentos para as suas crias. Uma espécie de “memória química”.

No entanto, quando chega o momento da metamorfose, a lagarta escolhe afastar-se da arruda para evitar estar demasiado exposta aos predadores e aos parasitas.

Noutros episódios da série “De binóculos no sofá”, a equipa de Ambiente da Câmara do Porto observou o Mocho Galego, a conturbada relação entre abelhas e vespas, a cerejeira, a joaninha, o pisco de peito ruivo, a carriça, o amieiro, a camélia, a salamandra-de-pintas-amarelas, o pardal ou o azevinho.

Todos os episódios estão disponíveis no YouTube do portal Porto. ou através das hashtags #ambientedescomplicado, #historiascomambientedentro, #biodiversidadeemcasa e #atelierdaboavida.