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Cultura está ainda mais em Expansão por toda a cidade e torna todos protagonistas

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A estreia da Sonoscopia, que vai dinamizar o também novo polo da Associação de Moradores da Bouça, juntou-se ontem de forma ainda mais ativa ao cada vez mais vasto conjunto de agentes culturais e artísticos da cidade que dão as mãos ao Município para fazer a programação Cultura em Expansão 2020.

Num formato completamente diferente, a nova temporada foi revelada sem conferência de imprensa e com espetáculo ao vivo de Maria Reis, que fez a apresentação inédita do seu novo álbum no Grupo Dramático do Monte Aventino, ontem à noite.

Antes, porém, houve guitarradas e mais música, além da breve introdução feita pelo presidente da Câmara, Rui Moreira, o diretor de cinema e arte contemporânea da empresa municipal Ágora Porto, Guilherme Blanc, e representantes das quatro companhias/associações culturais que assumem neste ano o leme em cada um dos principaís centros difusores do Cultura em Expansão: Visões Úteis / Auditório da Junta de Campanhã; Teatro do Frio / Associação da Pasteleira - Torres Vermelhas; Sonoscopia / Associação de Moradores da Bouça; Confederação / Auditório do Grupo Musical de Miragaia.

Esses quatro agentes e esses quatro espaços não serão estanques, antes funcionando como irradiadores das atividades e estímulos criativos, bem como de consumo de cultura, que se pretende em 2020 ainda com "mais regularidade e mais intensidade", como sublinhou Guilherme Blanc, vincando que a programação vai desenrolar-se não apenas naqueles quatro locais mas em torno deles, chegando mais perto das comunidades e atraindo a população.

De resto, como fez questão de recordar Rui Moreira, se a sua ideia inicial quando concebia este programa nos inícios do seu consulado na Câmara do Porto era a de "Cultura Fora do Sítio", o batismo do Cultura em Expansão com o nome que ostenta teve a ajuda do então vereador da Cultura, Paulo Cunha e Silva, e tem vindo a demonstrar que a Cultura não tem local próprio. Ou seja, está (deve estar) sempre em expansão.

Em 2020, ganha até novo fôlego pois as quatro companhias / associações assim o declararam, mostrando-se decididas a sair para fora dos quatro espaços físicos e envolver os portuenses na abordagem e discussão de uma cidade melhor.

"Havia uma perda de ligação com o tecido da cidade", lembrou ainda Rui Moreira, para reafirmar o valor que continua a dar ao projeto Cultura em Expansão, pois este não se resume a uma programação e convoca a cidade inteira a participar.

Aproveitando para agradecer a presença e colaboração da vereadora Ilda Figueiredo, Rui Moreira apontou que a ideia, desde o início, era a de que "cada portuense, mais do que espectador, tinha de ser ator", pelo que o presidente congratulou-se perante a "inquietação e a exigência" que a cidade hoje manifesta, "pois é por isso que ela evolui", porque "hoje somos todos protagonistas". Como se vê diariamente e como se constatará também a partir de 28 de fevereiro, dia em que os Dead Combo abrem, na Pasteleira, o calendário de dezenas de eventos de acesso gratuito que farão o Cultura em Expansão 2020.