Economia

Criação de uma plataforma urbana

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A Câmara do Porto organizou um workshop de apresentação do
modelo desenvolvido no âmbito da Parceria Europeia de Inovação para as cidades e comunidades inteligentes, que contou com a representação da indústria. Esta iniciativa, em parceria com a Associação Portuguesa
para o Desenvolvimento das Comunicações (APDC) e o TICE.PT, decorreu nas
instalações do CEiiA - Centro para a Excelência e Inovação da indústria
Automóvel, e contou com a presença de mais de 60 pessoas, representantes de cerca de 30 empresas, numa
partilha de ideias com vista à validação dos conceitos definidos.


Criado em junho de 2015, o Centro de Gestão Integrada (CGI),
existente nos Paços do Concelho, agrega as sinergias da Proteção Civil,
Bombeiros, Polícia Municipal e Via Pública com o objetivo de otimizar recursos
e processos de gestão de limpeza urbana, segurança, proteção civil, controlo de
tráfego, entre outros.


Analisado o trabalho desenvolvido pelo CGI no segundo
semestre desse ano, constata-se o potencial da integração dos referidos
serviços no mesmo espaço, conciliando as suas atividades na gestão das
ocorrências que diariamente surgem e que ascenderam, nesse período, a cerca de
três mil, da Proteção Civil e Bombeiros, e aproximadamente 30 mil da Via
Pública, sendo mais de duas mil tratadas em interação com a Polícia Municipal.


Pontualmente, e nas datas dos grandes eventos da cidade,
como é o caso do S. João, da Passagem de Ano e proximamente, a 20 de maio, na
street-stage do Rally de Portugal, que acontecerá na Baixa do Porto, a
monitorização a efetuar pelo Centro de Gestão Integrada, sobretudo na gestão do
tráfego, proteção e segurança, é primordial para o sucesso das iniciativas e
posterior manutenção do estado pós-evento.


O desenvolvimento de estratégias integradas para a gestão de
cidades beneficiará da utilização de plataformas digitais capazes de criar
sinergias entre os principais vetores da gestão urbana (mobilidade, ambiente,
proteção civil, desenvolvimento económico, cultura, entre outros), sendo
fundamental que estas plataformas garantam uma uniformização no acesso aos
dados, a total interoperabilidade entre aplicações verticais, o desenvolvimento
de modelos de Open Data, a criação de redes entre cidades.


Este é o início da segunda fase do processo de dinamização
do CGI com vista à criação do operador de cidade, no âmbito da estratégia das
Smart Cities desenvolvida ao nível europeu e que o município do Porto pretende
integrar, aproveitando as potencialidades da gestão multisserviços, com os
benefícios da integração numa plataforma única.


A cidade do Porto tem participado de forma ativa no
desenvolvimento de modelos de referência ao nível Europeu e daí resultou o
desafio de implementar, juntamente com a cidade de Copenhaga, o primeiro piloto
de contratação de uma Plataforma Urbana, a ser utilizada no seu Centro de
Gestão Integrada, e que validará os conceitos definidos pelo Modelo de
Referência desenvolvido.