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Covid-19 acelerou a transformação digital das empresas do Porto, conclui estudo

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Filipa Brito

80% das empresas participantes de um estudo do Município do Porto considera que a Covid-19 acelerou ou vai acelerar o ritmo de transformação digital e o recurso ao trabalho remoto.

Desenvolvido pelo Porto. for Talent, braço do gabinete de atração de investimento InvestPorto, o relatório foi elaborado durante o passado mês de dezembro e sucede a um primeiro estudo, lançado em junho de 2020, que concluía que as empresas instaladas na cidade, na sua maioria, mantinham intactos os planos de investimento, mesmo num cenário de crise.

Desta vez, pretendeu-se esmiuçar como as empresas e os profissionais se adaptaram a uma nova realidade de trabalho imposta pela pandemia. O questionário, desenvolvido em duas partes, abrangeu, no total, 100 empresas e respetivos colaboradores, e centrou-se em três grandes áreas: “Teletrabalho e Covid 19: Mudanças e adaptação”, “Impactos do teletrabalho” e “Perspetivas”.

As conclusões do estudo “Impacto da Covid-19 no trabalho e no processo de transformação digital” apontam, inequivocamente, para um conjunto de mudanças nas organizações com repercussões a longo prazo.

Não só a grande maioria das empresas (80%) considera que a Covid-19 veio acelerar o processo de transformação digital, como também a quase totalidade das empresas (90%) afirma que a possibilidade de trabalho remoto é valorizada pelos trabalhadores, bem como que a adaptação ao teletrabalho foi mais rápida e fácil do que esperava.

E, quando inquiridos são a própria fonte de talento, ou seja, os trabalhadores, a adesão a esta modalidade de trabalho é total: 100% dos profissionais valorizam a possibilidade de trabalhar remotamente e opinam que a adaptação ao teletrabalho foi mais fácil do que o esperado.

Estas conclusões vêm reforçar os dados revelados pelo primeiro estudo, que concluía que 8 em cada 10 empresas estratégicas para o desenvolvimento económico do Porto adotaram o regime de teletrabalho, com a adesão a esta modalidade a ser maior junto das grandes empresas.

Relativamente aos impactos do teletrabalho, empresas e profissionais estão alinhados quanto à sua influência residual na produtividade e na colaboração e trabalho em equipa, considerando que o trabalho remoto não teve efeitos negativos a estes níveis.

Embora a quase totalidade dos inquiridos esteja convicta de que o trabalho à distância irá continuar a marcar a vida das organizações, a maioria destes refere que o trabalho nunca poderá vir a ser, ou não acha conveniente que seja, totalmente remoto.

Por outro lado, a grande maioria das empresas e dos trabalhadores acreditam que os novos modelos de organização do trabalho irão conduzir, num futuro próximo, à necessidade de novas competências, atribuindo neste contexto um papel de relevo às competências emocionais e sociais.

É também claro o sinal de confiança transmitido pelas organizações, que vem igualmente corroborar os dados apresentados no primeiro inquérito. A grande maioria das empresas (84%) não coloca a hipótese de fechar escritórios ou espaços de trabalho no Porto e nem prevê (94%) mudar para outra cidade ou região.

Para maior detalhe sobre as conclusões deste inquérito, consulte aqui a síntese dos principais resultados.