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Coração de D. Pedro é a joia da coroa no arranque das comemorações da independência do Brasil

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No céu sobre o Palácio do Planalto, em Brasília, a Esquadrilha da Fumaça anunciou com um coração de fumo o há muito esperado: a herança de D. Pedro chegou ao Brasil para dar início às celebrações do bicentenário da independência daquele país. O presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, e o comandante da Polícia Municipal, superintendente António Leitão da Silva, entregaram a relíquia em mãos ao Presidente da República do Brasil, Jair Bolsonaro.

Chegado de Rolls-Royce, com direito a guarda de honra pelos Dragões da Independência (1.º Regimento de Cavalaria de Guarda do Exército) e salvas de canhões, o coração de D. Pedro foi recebido no Brasil com honras de chefe de Estado.

Esta é a primeira vez que a herança deixada pelo monarca ao Porto saiu da cidade, desde que, há 187 anos, D. Pedro ofereceu o coração à cidade que lutou ao seu lado durante a guerra contra o absolutismo.

No momento da receção, o presidente brasileiro referiu-se a Portugal e Brasil como “dois países ligados pela História, unidos pelo coração”.

No final da cerimónia, onde estiveram presente altas figuras do governo brasileiro, assim como os herdeiros do primeiro imperador do Brasil, a urna que guarda o coração saiu novamente nas mãos do comandante da Polícia Municipal do Porto, que o entregou no Palácio do Itamaraty.

Nesta quarta-feira, a relíquia vai estar disponível naquela que é a sede do Ministério das Relações Exteriores do Brasil, apenas para a imprensa. A partir daí, e durante dois fins de semana, o coração de D. Pedro vai poder ser visto por todos, ficando as visitas durante a semana reservadas às escolas e instituições de ensino.

A 7 de setembro, dia em que se assinalam os 200 anos da independência do Brasil, o coração do imperador será a “joia da coroa” das comemorações reservadas a chefes de Estado dos países de língua oficial portuguesa.

Logo de seguida, o comandante da Polícia Municipal trará a relíquia de volta ao Porto para um novo momento de exposição na Irmandade da Lapa nos dias 10 e 11 de setembro.

A segurança do objeto ao longo da estadia em solo brasileiro é garantida pela Polícia Federal, Polícia Militar do Distrito Federal, pelas Forças Armadas e pelos Dragões da Independência, com supervisão do superintendente António Leitão da Silva.