Conversa escava o passado do Forte de S. João da Foz
Notícia

Miguel Nogueira
"O 'Castelo de São João da Foz': arqueologia de um espaço singular" é o tema da sessão que a arqueóloga municipal Isabel Osório orienta pelas 18 horas da próxima quinta-feira, dia 15, no Palacete dos Viscondes de Balsemão.
De entrada gratuita até à lotação da sala (70 lugares), esta é mais uma das Conversas Fora de Horas e será dedicada a conhecer os resultados da intervenção arqueológica realizada no Forte de São João Baptista da Foz do Douro, assim como o contributo da Arqueologia para o conhecimento da História da cidade do Porto, dos seus espaços e arquiteturas.
A fortaleza - por vezes confundida com o Forte de São Francisco Xavier (Castelo do Queijo), situado mais a norte, na Praça de Gonçalves Zarco - está localizada junto à barra do Rio Douro, entre a Avenida de Dom Carlos I e a Esplanada do Castelo. Também chamada "Castelo da Foz", além de "forte" e "fortaleza", umas vezes "da Foz do Douro" e outras "de São João da Foz" ou "de São João Baptista", foi edificada num esporão da margem norte do rio, em local onde se erguia a primeira igreja construída em Portugal ao gosto da Renascença.
A povoação da Foz era então couto do Mosteiro de Santo Tirso, e já em 1145 surgem referências documentais a uma pequena ermida, cuja localização exata se desconhecia. A construção compreende um conjunto monumental que inclui o forte quinhentista, a igreja renascentista, o anexo ao palácio de Dom Miguel da Silva e ainda vestígios arqueológicos da tal ermida de São João Baptista que foi edificada à época do Condado Portucalense.
Ocupada na atualidade pelo Instituto de Defesa Nacional, a fortaleza foi classificada como Imóvel de Interesse Público em 1967. Nos finais da década de 80 do século XX, teve início uma campanha de escavações arqueológicas no antigo corpo da igreja, transformado em praça de armas, intervenção que trouxe nova luz sobre a organização espacial do antigo templo mandado construir pelo então Abade Comendatário de Santo Tirso e Bispo de Viseu, D. Miguel da Silva.
São os resultados desses trabalhos que servem de pano de fundo à sessão de quinta-feira, sobre a qual pode obter mais informações através do telefone 223 393 480 ou do email patrimoniocultural@cm-porto.pt.