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Consórcio português na frente para a construção da linha de metrobus da Boavista à Foz

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O consórcio formado pelas empresas Alberto Couto Alves, SA e Alves Ribeiro, SA é o primeiro classificado no relatório preliminar do júri no âmbito do concurso público para conceção e construção da Linha BRT (Bus Rapid Transport) Boavista - Império. A proposta vencedora tem o preço de cerca de 25 milhões de euros (€24.963.701,62, em rigor) e um prazo de execução global de 20 meses. O anúncio foi feito pela Metro do Porto na sua página oficial.

A empresa refere, também, que “após a notificação dos seis concorrentes que apresentaram propostas válidas, decorre o prazo legal de audiência prévia, após a qual o conselho de administração da Metro do Porto estará em condições de proceder à adjudicação”. O consórcio Alberto Couto Alves/Alves Ribeiro começará por apresentar o projeto de execução, avançando depois para a construção da linha de BRT.

O projeto integra a nova fase de expansão da rede (depois da construção da Linha Rosa e da extensão da Linha Amarela) e deverá estar concluído no final de 2023. Trata-se de um investimento global de 66 milhões de euros, provenientes do PRR (Plano de Recuperação e Resiliência), incluindo material circulando e um posto de abastecimento de hidrogénio, que servirá não apenas o BRT como toda a comunidade.

Recorde-se que, aquando do lançamento do concurso público, em julho de 2021, o presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, sublinhou a importância desta infraestrutura de mobilidade que “representará ganhos muito significativos de atratividade metropolitana, já que promoverá a expansão da rede de metro num espaço territorial muito denso, abrangendo uma população que poderá ir aos 600 mil habitantes”.

A nova linha BRT será parte do sistema de transportes da Área Metropolitana, integrada no sistema de bilhética intermodal Andante, constituindo parte fundamental na estratégia de descarbonização e de combate às alterações climáticas.

O Bus Rapid Transit destaca-se pelo desempenho ambiental neutro (os veículos serão movidos a hidrogénio) e pela facilidade de integração em meio urbano. As composições BRT são idênticas a um metro de superfície, mas que circulam sobre pneus, dispensando a instalação de carris ou o uso de catenárias para alimentação energética. Este tipo de sistema garante serviços de alto rendimento, com uma procura de média a alta intensidade, funcionando frequentemente enquanto elemento complementar e de interface com o Metro.

A Linha Boavista – Império terá uma frequência de cinco minutos em hora de ponta e a ligação entre os seus dois extremos demorará apenas 15 minutos. Desenvolver-se-á ao longo das avenidas da Boavista e Marechal Gomes da Costa, perfazendo um traçado de exploração de oito quilómetros (quatro em cada sentido). O serviço vai contar com oito novas estações de superfície: Casa da Música, Bom Sucesso, Guerra Junqueiro, Bessa, Pinheiro Manso, Serralves, João de Barros e Império.