Sociedade

Congresso Nacional de Mutualismo assinala 720 anos do movimento

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Miguel Nogueira

Começa nesta
sexta-feira de manhã, no Centro de Congressos Alfândega do Porto, o XII Congresso
Nacional do Mutualismo. O evento, que decorre até sábado, celebra o Dia
Nacional do Mutualismo e os 720 anos deste movimento em Portugal.


Realizado pela
União das Mutualidades Portuguesas (UMP), o congresso tem as presenças
confirmadas do ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, José
Vieira da Silva, do primeiro-ministro de Cabo Verde, Ulisses Correia e Silva,
do ministro do Emprego e dos Assuntos Sociais de São Tomé e Príncipe, Emílio
Lima, do presidente da delegação da AR à Assembleia Parlamentar da CPLP, Marco
António Costa, do presidente da Social Economy Europe, Juan Pedreño Frutos, e
do escritor moçambicano Mia Couto, entre outras individualidades nacionais e
internacionais.


Os trabalhos
compreendem quatro painéis, subordinados aos temas Fins e Áreas de Atuação, Rejuvenescimento
e Inovação, Desafios para a Economia Social e Estratégias de Cooperação.


Esta
iniciativa, já um marco na reflexão sobre Economia Social, tornar o Porto,
durante dois dias, na capital mundial do Mutualismo.


Do programa faz
também parte a entrega de três prémios, entre os quais o prémio Mutualismo e
Solidariedade Internacional, que será atribuído ao primeiro-ministro
cabo-verdiano e ao escritor Mia Couto.


Este congresso,
já na 12.ª edição, "tem o condão de atrair as entidades da Economia Social, as
organizações públicas e privadas, os poderes públicos e a população em geral,
promovendo-se a salutar troca de ideias, opiniões e promovendo a modernização,
a inovação e o conhecimento", diz Luís Alberto Silva, presidente do Conselho de
Administração da UMP.


Será organizada,
igualmente, a exposição Mutualismo em Portugal, que integra "objetos históricos
e de incalculável valor", cedidos pelas diversas Associações Mutualistas
portuguesas; e a montra Mutualistas de Palmo e Meio, composta por trabalhos de
jovens mutualistas que foram desafiados a materializar visualmente a sua
conceção do movimento.


Foi em 8 de
julho de 1297 que se fundou, em Beja, a primeira confraria laica, sob os
auspícios do rei D. Diniz. Era a génese do movimento mutualista.


Refira-se que
mais de 25% da população portuguesa beneficia dos serviços mutualistas, sendo
reconhecida a importância da ação do movimento em prol da saúde e da proteção
social da população.