Conferência reflete sobre a utopia tecnológica e o futuro da Humanidade
Notícia

A Fundação de Serralves recebe o investigador George Gaskell e o comissário europeu Carlos Moedas para uma conferência sobre "A utopia tecnológica - A inovação ao serviço da Humanidade", pelas 21,30 horas desta quarta-feira.
A sessão põe em análise duas visões antagónicas, designadamente a dos que acreditam que a Humanidade pode em breve ser libertada de muitas doenças e das tarefas mais penosas, nomeadamente pela biotecnologia e a inteligência artificial, e a dos que vêem cenários distópicos no transhumanismo e num futuro domínio das máquinas sobre os homens.
George Gaskell, Professor e investigador, foi premiado com a medalha Gago em 2018 por contribuições para a política científica na Europa, lidera estudos multi-países sobre o impacto social, ético e legal das ciências da vida na Europa e um estudo europeu sobre pesquisa responsável e inovação em neuro-aprimoramento.
Carlos Moedas é o comissário europeu para a Investigação, Ciência e Inovação, gerindo um dos maiores programas de ciência e inovação do mundo (77 mil milhões de euros). Ex-secretário de Estado do PSD responsável pela coordenação do programa de ajustamento, na sequência da negociação com a "troika", foi o arquiteto da proposta para um futuro programa Horizonte Europa de 100 mil milhões de euros, que entrará em vigor em 2021, e é coautor de várias publicações na área da Inovação e Ciência.
A conferência terá como comentadora Olga Pombo, professora e investigadora das áreas da Filosofia e História, estando a moderação a cargo do neurocientista Nuno Sousa, médico, Professor e presidente da Escola de Medicina da Universidade do Minho.
O evento desta quarta-feira está inserido no ciclo de conferências "Utopia europeia: o poder da imaginação e os imperativos do futuro", com que Serralves tem vindo a apresentar e discutir várias possibilidades utópicas para a Europa, tendo como pano de fundo o atual debate cidadão sobre o futuro da União Europeia. Nesse contexto, a reflexão tem-se debruçado sobre quais as utopias realizáveis que coloquem a Europa num horizonte de progresso.
Assim, este ciclo debate foca diversas utopias contemporâneas relevantes e levanta um conjunto de questões fundamentais para o nosso futuro em comum, tais como: Qual é o horizonte que cada uma dessas utopias propõe e que imperativos para o futuro impõe? Como compreender o próprio estatuto e função das utopias, entre o sonho e a proposta política? E como evitar que as utopias se transformem em distopias? Será que de uma diversidade de utopias é possível desenhar uma nova utopia para a União Europeia?
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