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Concurso para a obra do novo complexo desportivo municipal é lançado em meados de 2021

  • Isabel Moreira da Silva

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Após o cumprimento da promessa do Estado na entrega do terreno de Justino Teixeira, a Câmara do Porto já tem em preparação o futuro uso do espaço. Em meados de 2021 vai ser lançado o concurso da empreitada para o novo complexo desportivo municipal, e a obra deverá arrancar em 2022.

A informação foi hoje transmitida pela vereadora da Juventude e Desporto, Catarina Araújo, durante a reunião de Executivo em que foi aprovada, por unanimidade, a proposta de formalização da escritura do terreno de Justino Teixeira, que a Câmara do Porto aguardava que integrasse o seu património há mais de dois anos, altura em que entregou à Administração Regional de Saúde do Norte (ARS-Norte) o novo centro de Saúde de Ramalde, cumprindo um memorando de entendimento assinado com esta entidade, em 2016.

“A fase de estudo prévio terminará ainda este mês de janeiro e depois avançaremos com o lançamento do concurso da empreitada em meados de 2021, e arranque da empreitada em 2022, com um prazo de 15 meses”, deu nota a responsável.

Para o presidente da Câmara do Porto, este era um desfecho há muito tempo aguardado, e vai agora permitir ao município cumprir o acordado com o Desportivo de Portugal, que poderá utilizar o novo complexo desportivo municipal, quando este ficar concluído. O centenário clube da cidade ficou sem o seu campo de treinos há sensivelmente dois anos, depois de o terreno, também na freguesia de Campanhã, ter sido expropriado para a construção do novo Terminal Intermodal de Campanhã (TIC).

“Finalmente, e depois muito atraso, congratulo-me pelo cumprimento de um compromisso estabelecido com Câmara do Porto há já muito tempo atrás. Vamos poder arrancar com um projeto aguardado”, afirmou Rui Moreira que, em resposta ao vereador socialista Manuel Pizarro, confirmou que o projeto não deixará de obedecer “aos compromissos que assumimos politicamente” com o Desportivo de Portugal.

Antecessor de Rui Moreira rejeitou o terreno

A revelação foi feita por Manuel Pizarro que também se manifestou “muito satisfeito pelo desenlace desta questão”. Segundo o vereador do PS, na verdade, há muito tempo que o terreno podia estar no domínio municipal.

“O terreno já esteve prometido à Câmara do Porto e já foi validado pela Câmara do Porto no início deste milénio. E depois foi a Câmara do Porto, no tempo do Dr. Rui Rio, que não o quis. Não quis concretizar o protocolo e a permuta que tinha estabelecido com o Estado para este terreno, que era um pagamento em troca do espaço da Parceria e Antunes [antigo bairro municipal], onde hoje está o Centro Materno-Infantil do Norte [CMIN]. Isto não demorou apenas dois anos, demorou mesmo muito mais”, reforçou o vereador Manuel Pizarro.

Antigas decisões aparte, Álvaro Almeida, vereador do PSD, disse igualmente que se congratulava com a conclusão do processo ao final de dois anos, durante os quais, afirmou por diversas vezes, “o melhor é esperarmos sentados”.

“Finalmente a Câmara vai poder beneficiar de um terreno que vai ser muito útil, ao mesmo tempo que os cidadãos já beneficiam do novo Centro de Saúde de Ramalde. É um momento positivo, apesar do tempo que se esperou”, reforçou o representante social-democrata.

Numa matéria em que o Executivo Municipal não divergiu, a vereadora da CDU quis também deixar clara a sua satisfação. “Também me congratulo por finalmente esta questão ser resolvida. Foi importante a Câmara do Porto ter decidido abrir o centro de saúde, ainda antes de a situação ser concretizada”, afirmou Ilda Figueiredo.

O novo Centro de Saúde de Ramalde, cuja abertura foi adiada por duas vezes, foi entregue pela Câmara do Porto à tutela em dezembro de 2018. Contudo, acabaria por abrir à população mais de seis meses depois, em julho de 2019.

O processo de permuta dos dois bens imóveis terá ainda de passar pelo crivo da Assembleia Municipal, estando igualmente sujeito à fiscalização prévia do Tribunal de Contas.