Cultura

Concessão é a solução para o futuro do Coliseu do Porto

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O futuro do Coliseu Porto Ageas está traçado. Câmara do Porto, Área Metropolitana do Porto e Secretaria de Estado da Cultura, os três maiores parceiros institucionais representados na Associação dos Amigos do Coliseu, querem lançar um concurso público para a concessão do emblemático equipamento cultural da cidade, que precisa de obras no valor de 8,5 milhões de euros.

É a única solução capaz de levar adiante a ansiada reabilitação do Coliseu do Porto, edifício inaugurado em 1941 e que apresenta hoje graves patologias, orçadas em cerca de 8,5 milhões de euros, aponta o estudo encomendado ao Prof. Vasco Freitas, da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto e cujas conclusões foram hoje apresentadas ao Conselho Municipal da Cultura e ao Conselho Municipal da Economia.

No final da reunião que decorreu no Teatro do Campo Alegre, em declarações à comunicação social, Rui Moreira disse que o modelo proposto pelos principais associados da Associação Amigos do Coliseu, assente num "concurso público de concessão", foi bem acolhido e o mesmo será agora formalmente apresentado em Assembleia Geral desta associação, a quem cabe deliberar se será efetivamente este o rumo a seguir. A data da reunião ainda não está marcada, mas o autarca garante que a convocatória não tardará e que o presidente da Associação, Eduardo Paz Barroso, já conhece a "posição unânime" dos três maiores associados.

À "falta de fundos comunitários" e de "reservas" que possibilitassem a Associação de garantir as obras de reabilitação, esta é mesmo a única proposta capaz de garantir futuro auspicioso para a sala de espetáculos, que já no passado uniu a cidade em torno da oposição a uma gestão que levaria ao seu desaparecimento. O modelo de concessão a privados compara, aliás, com "o que foi seguido no Capitólio, em Lisboa", exemplificou o presidente da Câmara do Porto. 

No concurso público para a reabilitação e exploração do Coliseu, que Rui Moreira antevê que possa ser lançado "nos próximos três a quatro meses", fica salvaguardado que o concessionário terá de garantir a manutenção dos postos de trabalho dos cerca de 30 funcionários, durante o período de obras que podem durar dois a três anos, estimou o autarca ladeado por António Ponte, diretor da Direção Regional de Cultura do Norte (DRCN), em representação do Estado, e por Nuno Lemos, representante da Câmara do Porto na Associação.

O presidente da Câmara do Porto acrescentou ainda que o caderno de encargos do concurso público também determinará que a Associação Amigos do Coliseu do Porto fica com o direito a usufruir da sala em algumas datas, para a sua programação própria, e salvaguardará ainda o mecenato da Ageas. Quanto ao tempo da concessão esse será ainda apurado através "de um estudo de viabilidade económica que vai definir, em função, do investimento que é feito, qual é o prazo razoável", rematou.