Urbanismo

COMUNICADO: sobre notícias falsas acerca do mercado do Bolhão

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Nos últimos dias, à falta de melhor tema, algumas pessoas - seguramente por interesse particular ou político, desconhecimento ou mesmo ignorância - têm comentado falsas notícias sobre uma suposta "demolição" das galerias do mercado do Bolhão, que está a ser restaurado.

Tais notícias, como tantas nos dias de hoje, são falsas e correspondem a uma leitura enviesada de uma informação que, há meses e de forma transparente, o executivo de Rui Moreira apresentou publicamente e também explicou aos vereadores, incluindo os da oposição.

Com efeito, como é sabido, o Mercado do Bolhão é um edifício com mais de 100 anos, construído em terreno muito instável. No início dos anos 80 do século passado, identificou-se a necessidade "urgente" de obras estruturais, nunca realizadas em sucessivos mandatos autárquicos.

O executivo de Rui Moreira está a realizá-las, tendo contratado o premiado arquiteto Nuno Valentim, conhecido pela qualidade das suas obras de reabilitação, restauro e conservação. O projeto está em desenvolvimento há quase dois anos, implicou uma delicada intervenção nas infraestruturas subterrâneas, que se encontram concluídas e consolidadas.

Durante a obra de restauro, verificou-se que o betão com mais de 100 anos, em algumas zonas das galerias superiores se encontrava altamente degradado e não era recuperável, pelo que o método construtivo foi alterado, conforme publicamente anunciado e apresentado.

Tal método não implica a demolição de toda a galeria e muito menos significa qualquer alteração ao resultado final. Apenas, por razões óbvias de segurança, se procede à renovação de materiais que, tendo 100 anos e estando sob grande esforço, não apresentam condições para permanecer por mais anos, suportando o edifício.

É, por isso, falso, que exista qualquer alteração ao aspeto, ao programa ou à forma como os portuenses conhecem o edifício. A nova solução construtiva respeita toda a história do mercado e recebeu o aval da Direção Regional de Cultura do Norte e da Direção Geral do Património Cultural.

O Mercado do Bolhão esteve em pré-ruína durante décadas, tendo os poderes públicos deixado que se degradasse a ponte de correr riscos físicos importantes. O atual executivo preservou os vendedores tradicionais, investiu num projeto sólido, fazendo-se valer dos melhores em reabilitação. Recusou a transformação do mercado num shopping, como esteve projetado no passado e recusou intervenções brutais como as que chegaram a estar projetadas pelos que agora querem lançar confusão e "fake news" sobre a atual obra e que implicavam a construção de vários pisos subterrâneos para estacionamento de centenas de viaturas. E está a construir a obra que todos desejavam e ninguém fazia.

Merecem especial referência as declarações de um grupo de pseudo historiadores, citados ontem pela Agência Lusa, que afirmam terem enviado o seu mal informado protesto, numa suposta carta à Câmara Municipal do Porto e "ao presidente da Junta de Paranhos". Ora, os referidos "historiadores" não desconhecem apenas o que está em causa nas obras do Bolhão, desconhecem até a sua localização e a geografia da cidade, já que o Mercado do Bolhão não fica na freguesia de Paranhos, mas sim na União de Freguesias do Centro Histórico.

Os portuenses podem ficar descansados quanto a este projeto e, como muitas outras vezes, não acreditam na mentira nem se deixam impressionar por notícias falsas que, de uma vez por todas, a sociedade tem de encontrar formas de erradicar.