Economia

Comércio de rua de portas abertas para programa de descontos simples e atrativo

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Arranca no Dia de S. Valentim, 14 de fevereiro, a terceira edição do programa que pretende voltar a fortalecer a relação dos portuenses com o comércio de rua da cidade, ainda a ultrapassar os efeitos da pandemia. Cerca de oito dezenas de estabelecimentos já disseram “sim”, mas as inscrições mantêm-se abertas até 31 de março. As cartas com os vouchers continuam a chegar ao correio de quem aderir ao cartão Porto. até ao início da campanha.

Depois de duas edições, desta vez o Programa de Incentivo à Atividade Comercial surge associado ao cartão Porto., que oferece aos seus detentores três vales de desconto no valor de cinco euros cada, para serem utilizados em compras no comércio de rua.

Para os comerciantes o processo está igualmente facilitado uma vez que, como explica o vereador com o pelouro da Economia, Turismo e Comércio, “criámos um sistema em que o comerciante recebe adiantado o valor dos descontos e este aspeto é muito relevante”.

“Este programa tem todas as condições para ter bastante sucesso porque alia duas questões: a liberdade de escolha por parte do munícipe e dar à loja um processo muito mais simples”, sintetiza Ricardo Valente.

À frente da “Workshops PopUp”, na Rua do Almada, Nuno Pedrosa acredita que “a forma de funcionamento, com o cartão, está mais simplificada”, mas reconhece também a mais-valia de o Município “carregar logo um certo valor antecipadamente e de ele ser descontado através de códigos QR”.

Este processo é reconhecido, igualmente, na “Casa Januário”, pois “faz com que o comerciante não tenha que avançar com o desconto ao cliente”. “Realmente é mais interessante e a verba [de 150 euros, renováveis] é bastante considerável”, afirma o gerente, Nuno Torgal, admitindo uma maior facilidade na adesão.

Perante a “necessidade de reganhar os hábitos de consumo fora da lógica online”, o vereador do Comércio afirma que esta ajuda da Câmara do Porto na dinamização comercial tem um foco essencial: “Queremos voltar a ter pessoas a comprar nas ruas e unir os portuenses em volta do seu comércio. Não adianta nada estarmos a apoiar comércios que depois não têm, do ponto de vista do negócio em si, a capacidade de serem sustentáveis”.

Ricardo Valente afirma-se certo de que “a forma de um comércio ser sustentável é as pessoas irem lá. É altura de os portuenses fazerem a sua parte e fazerem compras no comércio de rua da cidade”.

Chamar as pessoas de novo à rua e às lojas

Tanto a “Workshops PopUp” como a “Casa Januário” têm assegurado os seus nomes na adesão à várias edições do programa de descontos do Município. “Ajuda-nos a chamar pessoas para o centro do Porto e é uma forma de dinamizar o comércio”, acredita Nuno Pedrosa, lembrando que “os meses de início de ano são mais difíceis e o facto de termos um incentivo adicional para as pessoas virem às nossas lojas, fazerem compras e, com isso, poderem ter descontos que são substanciais e simples de obter, é uma mais-valia muito grande para nós”.

O responsável da loja na Rua do Almada refere, ainda, “a medida [de descontos] nos parques de estacionamento”, o que permite às pessoas “andarem ao ar livre”.

Nuno Torgal segue em sintonia: “É um programa bastante interessante que irá trazer mais clientes aqui à Baixa, não apenas à nossa loja”. “Notamos que os clientes ficam muito mais contentes em poder beneficiar deste desconto e será para continuarmos”, afirma o responsável da “Casa Januário”.

Com este apoio, aliado ao alívio das restrições e da própria pandemia, os comerciantes têm esperança nos próximos meses para o comércio da cidade. E essa é a mensagem que o Município quer passar. Ricardo Valente reconhece que “o comércio foi fustigado durante dois anos, teve o azar de estar no centro deste ‘para-arranca’ que faz com que seja muito difícil gerir um negócio com a perspetiva para além do dia de amanhã”.

No entanto, o vereador acredita que “estamos na parte final de uma pandemia, que vencemos, e a economia vai relançar-se. Vamos voltar a ter fluxo de pessoas na cidade, gente que vai, de uma forma clara, querer reganhar o tempo que perdeu nos últimos dois anos”.

Admitindo que possa haver algum cansaço da parte dos comerciantes, Ricardo Valente apela a que “tenham tanta esperança como a Câmara tem, e que sejam tão resilientes como a Câmara tem sido do ponto de vista do apoio ao comércio de rua”.

Inscrições de comerciantes até 31 de março

Para os comerciantes, o período de adesão decorre até 31 de março através da submissão de formulário online disponível no Portal do Munícipe; ou presencialmente, no Gabinete do Munícipe (sito na Praça General Humberto Delgado, 266).

A medida abrange estabelecimentos comerciais, restaurantes, cafetarias, barbearias, salões de cabeleireiros e atividades de bem-estar físico, com área até 250 m2 e que tenham a sua situação fiscal e junto da segurança social regularizada.

No sentido de dissolver qualquer dúvida, o Município tem agendado um webinar para dia 7 de março, às 15 horas, com necessidade de inscrição prévia.

Para esclarecimentos e outras informações, pode ser utilizada a Linha Porto. 220 100 220 (chamada para a rede fixa nacional, de 2.ª a 6.ª feira, das 9 às 19 horas), ou o Fale Connosco do Portal do Munícipe.

A lista – sempre em atualização – dos estabelecimentos aderentes pode ser consultada na página do Cartão Porto. A campanha termina a 10 de abril.