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Coleção Municipal de Arte vai integrar 15 novas obras de artistas da cidade

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António Lago

A Câmara do Porto vai adquirir 15 novas obras para integrar o núcleo de arte contemporânea da Coleção Municipal de Arte, no âmbito da modalidade de compra direta a artistas do projeto Aquisições. A decisão resulta da apreciação do atual Comité de Seleção, composto por Eduarda Neves, João Sousa Cardoso e Pedro de Llano, que avaliou 145 propostas submetidas.

Depois de uma primeira edição desta modalidade em 2020, o projeto contou este ano com um orçamento reforçado de 50 mil euros, tendo o comité sugerido uma seleção que teve por base o “respectivo valor artístico, conceptual e crítico”, considerando “o diálogo com o panorama artístico contemporâneo, a abrangência de práticas artísticas e o seu enquadramento no domínio das artes visuais” e observando “a representatividade de género e geracional”.

Para além destes critérios, o Comité decidiu, ainda, "não propor, como critério dominante e através desta modalidade, a aquisição de obras a artistas representados nas galerias da cidade” assim como “a aquisição de obras a artistas já representados na Coleção Municipal de Arte considerando que, no actual momento, esta ainda não representa, de forma significativa, a multiplicidade de artistas/obras/práticas existentes no contexto deste programa”.

Após avaliação, foram sugeridas para aquisição as seguintes obras: “Perdição” de António Lago; “Fetischismus I” de Carla Castiajo; “Gentrifornication” de Carla Filipe; “Livro de artistas - Baixela” do Colectivo Rua do Sol; “Desgastar em Pedra #4” de Dalila Gonçalves; “Knife and Wound” de Filipe Marques; “Slow Violence” de Hugo Almeida Pinho; “Câmbio de 20 moedas da J.O. Câmbios + oferta de 20 flyers informativos” de José Oliveira; “alheava _ a maresia do nome” de Manuel Santos; “Domesticar há milénios” de Mariana Caló e Francisco Queimadela; “Almodovar” de Mariana, a miserável; “Sermão de Santo António a São João” de Nuno Ramalho; “A terra é azul como uma laranja” de Rita Senra; “ARCO DA VELHA” de Tânia Dinis e “UM JARDIM À NOITE (II)” de Tiago Madaleno.

As 15 obras agora selecionadas juntar-se-ão às 65 obras de arte contemporânea adquiridas até ao momento, 21 das quais através da modalidade de compra direta a artistas e 44 resultantes da compra a nove galerias comerciais da cidade, perfazendo um total de 60 artistas representados.

Lançado em 2018 através da plataforma Pláka, sob direção do Departamento de Arte Contemporânea da empresa municipal Ágora — Desporto e Cultura do Porto E.M., o projeto “Aquisições” tem como objetivos principais dinamizar e valorizar o património artístico do Porto e documentar a memória da prática artística da cidade, através da reativação da Coleção Municipal de Arte. Para isso, contempla ainda outra modalidade de aquisição de obras a galerias de arte do Porto, a qual, em 2021, conta com um orçamento total de 100 mil euros.

Todas as obras adquiridas, assim como o relatório do Comité de Seleção, podem ser consultadas no site da plataforma Pláka.