Economia

Claus Porto regressa a casa com loja-museu nas Flores

  • Notícia

    Notícia

Num edifício de três andares, totalmente remodelado, conta-se a história de uma marca com mundo. O espaço abriu hoje ao público.

Quem folhear o Livro de Honra, estreado pelo rei D. Manuel
II em 1908, encontrará nas páginas mais recentes a dedicatória do presidente da
Câmara do Porto, Rui Moreira. Estamos certos da data: foi em 8 de junho,
dia de inauguração da loja-museu da Claus Porto, que 130 anos depois regressa à
cidade onde nasceu, instalando-se na Rua das Flores. Numa artéria que recuperou
a sua centralidade, há quatro anos transformada em via pedonal, passado e
presente dão perfume aos dias.


Onde há sabonetes de várias cores, cremes ou velas de cheiro
em embalagens delicadas, encontram-se também fotografias, cartazes e rótulos
antigos, entre outros registos históricos. Para a Ach Brito, detentora da
Claus, esta é a casa da marca, com o ambiente vintage e contemporâneo a espalhar-se pelos três pisos,
num total de 300 metros quadrados. Uma escada central leva a conhecer loja,
espaços expositivos, barbearia e ateliê para workshops. Entre o que se pode
apreciar, deixa-se como exemplo uma exposição sobre a evolução gráfica dos
logótipos da marca, desde 1887, ano da sua fundação, até ao processo de rebranding em 2016.


Este é um novo capítulo, feito com memória, na longa vida da
Claus Porto, nascida por iniciativa de dois alemães (chamava-se, então, Claus & Schweder). Com a primeira
fábrica surgida na zona da Boavista, o princípio da marca remete, por
curiosidade, para um tempo em que a Rua das Flores era um centro comercial florescente:
no século XIX nela conviviam comerciantes que traziam as novidades da Europa e outros destinos. À
data, o cosmopolitismo passava por aqui. Hoje, passada uma travessia do deserto,
também.