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Cinema Trindade oferece 12 presentes para celebrar aniversário no grande ecrã

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Miguel Nogueira

A festa do sexto aniversário da renovada sala do Cinema Trindade faz-se durante duas semanas, de 5 a 16 de fevereiro. Do programa faz parte um conjunto de 12 antestreias nacionais de filmes que vão marcar o primeiro semestre do ano, para além de programas dedicados a realizadores e sessões especiais.

Em mês de aniversário, a icónica sala da cidade convida os espectadores a um verdadeiro “rodízio de filmes” com antestreias, cinema nacional e produção local.

Com sessões diárias, o Trindade retomou, nos últimos anos, a importância crescente da oferta de cinema de autor na Baixa a que, recentemente, se juntou o Batalha Centro de Cinema, somando um leque diversificado de títulos em grande ecrã.

Antestreias em destaque

Entre os “convidados de luxo” destaque para a antestreia de uma das maiores surpresas dos próximos meses. Embalado pela nomeação aos Óscares deste ano, na categoria de “Melhor Filme Estrangeiro”, “EO”, assinado pelo realizador Jerzy Skolimowski, abre o aniversário numa sessão única, no domingo, 5 de fevereiro, às 21h30.

Vencedor do Prémio do Júri na edição do ano passado do Festival de Cannes, este trabalho transporta o espectador a ver a realidade pelos olhos de um burro, de nome EO. Uma metáfora sobre o mundo como um lugar misterioso, onde nada acontece por acaso e tudo decorre sem estarmos realmente à espera.

Na segunda-feira, 6 de fevereiro, outra antestreia: “Tori e Lokita”. O filme marca o regresso dos irmãos Jean-Pierre e Luc Dardenne e aborda o drama de dois refugiados na viagem entre África e a Bélgica.

Nota, ainda, para um mergulho no universo de Marguerite Duras feito pela realizadora francesa Claire Simon em “Quero Falar Sobre Marguerite Duras” (dia 8, às 19h00); para o filme “Saint Omer”, de Alice Diop, vencedor do Grande Prémio do Júri no Festival de Veneza 2022, uma adaptação livre e contemporânea do mito de Medeia (dia 12, às 16h15); e “Pacifiction”, regresso aguardado de Albert Serra que se debruça sobre possíveis testes nucleares franceses na ilha de Taiti (dia 16, às 21h00).

Aposta no cinema nacional

Do cartaz do aniversário, há uma aposta forte no cinema nacional – e local – com a apresentação de cinco filmes onde o Porto - ou o cinema feito a partir da cidade - é o elemento com maior presença.

Relevo para o foco dado a duas realizadoras: Cláudia Varejão, com a exibição de três filmes que permitem perceber os contornos de um cinema, onde a sensibilidade é a linha condutora da história (com “Ama-San”, “Amor Fati” e “Lobo e Cão”), e Lucrecia Martel, num ciclo que resgata e apresenta os três primeiros filmes da realizadora em cópias restauradas (“O Pântano”, “A Rapariga Santa” e “A Mulher Sem Cabeça”).

Há ainda um programa dedicado à produção brasileira, com sete filmes e uma sessão especial a fechar o aniversário, com a exibição de um clássico de Jane Campion: “Um Anjo à Minha Mesa” (1990), que será apresentado a 15 de fevereiro, às 21h30.

Os detalhes de toda a programação, assim como a respetiva aquisição de bilhetes, estão disponíveis em www.cinematrindade.pt.