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Cidade na linha da frente para alcançar a neutralidade carbónica até 2030

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O presidente da Câmara do Porto participou, esta sexta-feira, num debate, em Lisboa, subordinado ao tema "Cidades de Portugal face ao desafio da neutralidade climática". Na conferência promovida pela Nova School of Business and Economics e Fundação Repsol, Rui Moreira abordou os principais projetos do município "rumo às cidades zero emissões".

Consciente da urgência da ação climática e da oportunidade que representa para a competitividade, emprego, justiça social e resiliência da cidade, o Município do Porto lançou, em 2022, o Pacto do Porto para o Clima. "É uma iniciativa que pretende unir os esforços dos diversos atores da cidade em torno de um grande objetivo comum: alcançar a neutralidade carbónica até 2030", sublinhou o presidente da Câmara.

A redução das emissões de gases com efeito de estufa no Porto já atingiu 52,2% em 2020 (face ao ano base de 2004), resultado de uma aposta continuada de descarbonização em várias áreas, nomeadamente na produção de eletricidade, bem como na implementação de medidas na área da mobilidade.

"É fundamental a participação de todos os atores locais na implementação de medidas disruptivas e visionárias, transformadoras e ambiciosas, que minimizem, drasticamente, as emissões", adiantou Rui Moreira, que teve, neste debate, a companhia da presidente da Câmara de Matosinhos, Luísa Salgueiro, de Lisboa, Carlos Moedas, e de Cascais, Carlos Carreiras.

Reabilitação de edifícios e eficiência energética

O presidente da Câmara recordou que o Município possui um parque habitacional com cerca de 13 mil habitações, onde vivem mais de 28 mil cidadãos. Apenas 25% desta população está ativa, o que reforça a vulnerabilidade desta franja da população, especialmente no que diz respeito à disponibilidade e ao acesso a condições de conforto térmico nas suas habitações.

Ciente dessa vulnerabilidade, de acordo com Rui Moreira, "o Porto tem feito um forte investimento na reabilitação destes edifícios", tendo já aplicado cerca de 150 milhões de euros nos últimos sete anos, "para implementar medidas de eficiência energética, incluindo a instalação de painéis solares fotovoltaicos nas áreas comuns dos edifícios, caixilharia de isolamento térmico e painéis solares térmicos para aquecimento de água sanitária".

"Ao melhorar as condições habitacionais, estamos a oferecer mais conforto e a aumentar o orçamento familiar disponível, reduzindo os custos com o consumo de energia, por via da utilização de fontes de energia renovável. Ao mesmo tempo, estamos a reduzir as emissões da cidade ao implementar equipamentos e sistemas mais sustentáveis", frisou.

O presidente da Câmara recordou muitos outros projetos municipais - a substituição de mais de 26 mil luminárias na cidade para tecnologia LED, Porto Energy Hub, Porto Solar, mobilidade urbana sustentável, entre outros – para concluir: "O Porto prioriza a sustentabilidade como um tema central na sua agenda política".