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Cerco contra terroristas terminou à hora em que o Porto se manifestava

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À hora em que centenas de pessoas se juntavam ao presidente da Câmara e ao Consul-Geral de França, no Porto, para homenagear as vítimas do atentado de Paris, em particular George Wolinski, terminava o cerco aos terroristas. Embaixada de França agradeceu o gesto a Rui Moreira.

O Porto homenageou hoje George Wolinski, um dos cartunistas assassinados quarta-feira em Paris, por terroristas, na redacção do jornal satírico Charlie Hebdo. A homenagem, preparada pela Câmara Municipal do Porto, teve lugar junto à estátua de Almeida Garrett, em frente aos Paços do Concelho e contou com a presença do presidente da autarquia, Rui Moreira, do presidente da Assembleia Municipal, Miguel Pereira Leite, e do Cônsul-Geral de França no Porto, Patrick Howlett-Martin, entre outras personalidades e algumas centenas de populares.

A cerimónia, que teve lugar às 16 horas, iniciou-se com o Hino da Alegria, também identificado com a liberdade, tocado pela orquestra de sopros da ESMAE, e descerrou, depois, uma enorme tela que cobre parte da torre da Câmara Municipal do Porto, onde se vê o rosto de Wolinski e a frase "Somos Charlie - Porto.".

George Wolinski era um cidadão francês com fortes ligações ao Porto, tendo feito parte da júri do Porto Cartoon e tendo sido galardoado em julho passado no Porto pelo vereador da Cultura, Paulo Cunha e Silva.

A homenagem a Wonlinski e às vítimas do acto terrorista ocorrido em Paris na quarta-feira contou com dezenas de cidadãos franceses a residir no Porto e não incluiu qualquer discurso ou declaração oficial por parte do presidente da Câmara Municipal do Porto. A embaixada de Paris em Portugal agradeceu a Rui Moreira a "louvável iniciativa", acrescentando que "a cidade do Porto contribui ela mesma para a defesa da liberdade e do espírito crítico".

À hora em que decorria a iniciativa no Porto, os alegados terroristas eram mortos em França e libertados com vida os sequestrados.