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Centenas de árvores e arbustos autóctones vão florestar o Nó de Francos

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Vão ser plantados no Nó de Francos, uma das áreas integradas na Rede de Biospots do Porto, mais de 600 exemplares de espécies de árvores e arbustos autóctones. Este é mais um importante contributo para o estabelecimento de uma rede de áreas de floresta urbana no Porto, destinada a promover a biodiversidade, os serviços dos ecossistemas, a adaptação às alterações climáticas e a amenização paisagística.

Aveleiras, freixos, azevinhos, macieiras-bravas, cerejeiras-bravas, teixos, bétulas ou medronheiros são algumas das 21 espécies a plantar, num total de 602 exemplares. A intervenção, a segunda no âmbito da Rede de Biospots do Porto, foi desenhada após um diagnóstico quer das espécies e número de exemplares já existentes quer das desejáveis no local, de modo a se otimizar a retenção de poluentes atmosféricos, promover a biodiversidade e aumentar a qualidade paisagística do espaço.

No âmbito deste levantamento, concluiu-se pela necessidade de remover do local 30 exemplares de espécies invasoras (21 Robinea pseudoacacia, 1 Acacia melanoxylon, 1 Myoporum laetum, 3 Buddleja davidii), em situação fitossanitária débil (1 Acer negundo) ou em situação de risco (3 Liquidambar styraciflua). Estas 30 plantas serão, pois, subtraídas ao número total já existente (174).

O Plano de Intervenção do Nó de Francos foi delineado por uma equipa técnica que incluiu especialistas da área da arquitetura paisagista e biologia (equipa do FUTURO - projeto das 100.000 árvores na Área Metropolitana do Porto), bem como técnicos da Câmara do Porto e das Infraestruturas de Portugal. O Plano foi, ainda, submetido ao Grupo Consultivo que reúne especialistas das áreas da Saúde Ambiental, Paisagismo, Biologia e Geografia, tendo sido ajustado de acordo com os pareceres recebidos.

As intervenções no terreno são levadas a cabo pelas Infraestruturas de Portugal, com o acompanhamento técnico da equipa do FUTURO - projeto das 100.000 árvores na Área Metropolitana do Porto.

Nó de Francos é a segunda área da Rede de Biospots

A intervenção no Nó de Francos é a segunda no âmbito da Rede de Biospots do Porto. A primeira aconteceu no Nó do Regado em fevereiro de 2017, tendo sido instaladas 762 árvores e arbustos.

A Rede de Biospots do Porto é constituída por 14 áreas que se distribuem ao longo dos eixos de circulação principais (nós, taludes, áreas verdes laterais), totalizando uma área útil de 17 hectares. Estão incluídos na intervenção vários nós da Via de Cintura Interna (VCI).

Até 2021 serão instaladas e mantidas cerca de 10.000 novas árvores e arbustos nestas áreas, que oferecerão à cidade e aos portuenses serviços ?invisíveis', como por exemplo a retenção de poluentes atmosféricos e o armazenamento de carbono, cujo valor estimado é de 500.000 euros por ano (quando adultas). Além disso, têm o potencial de armazenar aproximadamente 50 toneladas de carbono por ano, contribuindo para as medidas previstas no Plano de Mitigação e Adaptação às Alterações Climáticas do Porto.

O investimento permite igualmente poupar recursos públicos a médio prazo (cerca de 25.000 euros por ano em custos de manutenção).

A Rede de Biospots do Porto é um projeto promovido pelo Município do Porto numa parceria com a Infraestruturas de Portugal S.A. e a Área Metropolitana do Porto, e está enquadrado no FUTURO - projeto das 100.000 árvores na Área Metropolitana do Porto.

Ao abrigo da corrente revisão do PDM serão identificadas novas zonas para a expansão da Rede Biospots.