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Centenário de nascimento de Eugénio de Andrade assinalado com várias iniciativas

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Miguel Nogueira

Várias iniciativas estão previstas para celebrar o centenário de nascimento de Eugénio de Andrade, a ocorrer no dia 19 de janeiro de 2023. Uma comissão organizadora está a trabalhar no programa, que prevê a realização de um colóquio internacional sobre o poeta e uma grande exposição bio-bibliográfica. Estes dois eventos vão ter lugar no Porto e no Fundão, em datas e lugares ainda a indicar.

Se fosse vivo, Eugénio de Andrade faria, nesta quarta-feira, 99 anos. A um ano das comemorações do centenário do seu nascimento, uma comissão organizadora, constituída para o efeito e que conta com o apoio, entre outros, do Município do Porto, está encarregue “de promover diversas iniciativas que celebrem dignamente o centenário do nascimento do poeta”, conforme anunciou em comunicado.

Para além do colóquio internacional e de uma grande exposição bio-bibliográfica estão também previstas, ao longo de 2023, outras iniciativas em vários lugares do país, como pequenos colóquios, exposições, publicações ou recitais.

Eugénio de Andrade, pseudónimo de José Fontinhas, nasceu em 1923, no Fundão, e morreu no Porto em 2005, aos 82 anos.

A sua extensa produção literária granjeou-lhe vários prémios e distinções, entre os quais o Prémio Camões, em 2001, mas também o Prémio da Associação Internacional de Críticos Literários (1986), o Prémio D. Dinis da Fundação Casa de Mateus (1988) e o Grande Prémio de Poesia da Associação Portuguesa de Escritores (1989).

Além de vasta obra poética, Eugénio de Andrade publicou alguns livros em prosa, designadamente “Os afluentes do silêncio”, “História de égua branca”, com ilustrações de Manuela Bacelar, “Rosto precário” e “À sombra da memória”. Fez também traduções de Federico García Lorca, de Iannis Ritsos, das “Cartas Portuguesas (atribuídas a Mariana Alcoforado)” e de “Poemas e fragmentos de Safo”.

O poeta encontra-se sepultado no Cemitério do Prado do Repouso, no Porto, tendo a sua campa sido desenhada pelo arquiteto e seu amigo Álvaro Siza, incluindo a inscrição dos versos do seu livro “As Mãos e os Frutos”.