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Catarina Valadas escolhe “Cantigas de Ida e Volta” para escuta conjunta na Fonoteca Municipal

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Catarina Valadas é a convidada da sessão deste mês da Escuta Ativa da Fonoteca Municipal do Porto (FMP). A iniciativa acontece já no dia 22 de outubro (sábado), às 11 horas, e a entrada é livre.

Cantora e flautista, Catarina Valadas inclui na vasta lista de projetos que integrou, alguns dos quais como cofundadora, nomes como Orquestra Fina, aquilo que vocês quiserem, Retimbrar, André Júlio Turquesa, Shaduf, Canções Difíceis Fáceis e:PAPERCUTZ. À parte do trabalho como performer, onde constam ainda colaborações pontuais com artistas como Mário Laginha, Vozes da Rádio ou a Orquestra de Jazz de Espinho, no seu percurso conta-se também o trabalho como formadora do Serviço Educativo da Casa da Música.

Neste sábado, cabe-lhe a condução de mais uma manhã de escuta conjunta e partilha de experiências musicais no espaço da FMP, para a qual escolheu o disco “Cantigas de Ida e Volta”. Editado em 1975 pela Orfeu, no rescaldo da Revolução dos Cravos, o registo junta as vozes de alguns dos melhores cantautores nacionais (Fausto, Vitorino, Sérgio Godinho e Sheila) e alguns poetas com provas dadas na escrita infantil (Sidónio Muralha, Matilde Rosa Araújo e Maria Alberta Menéres).

Com periodicidade mensal, estas sessões de Escuta Ativa pretendem proporcionar uma experiência coletiva de partilha e descoberta musical através do gosto e dos interesses de figuras importantes da sociedade, dando a conhecer o vasto acervo de discos da FMP.

A sessão deste mês, integra também o programa de atividades associado ao “Projecto Orfeu 1956 [1956-1983]: Políticas e estéticas da produção e consumo da música popular no Portugal Moderno”, desenvolvido em parceria pelo Instituto de Etnomusicologia (FCSH) e pela esad-idea (ESAD), no âmbito do qual está patente no complexo da Arda, onde se insere a FMP, uma instalação com curadoria de José Bártolo. Podendo ser visitada até 30 de outubro, este trabalho pretende explorar as possibilidade do arquivo enquanto método de investigação e projeto, construindo uma narrativa onde o catálogo fonográfico da icónica editora fundada por Arnaldo Trindade, a Orfeu, é perspectivado a partir de uma atenção ao seu contexto cultural e político, às formas de edição e disseminação e consumo de música popular em Portugal na segunda metade do século XX.