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Capela dos Pestanas é um tesouro guardado da arquitetura religiosa da cidade

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A Capela do Divino Coração de Jesus, também denominada Capela dos Pestanas, ergue-se em plena Rua do Almada, junto à Praça da República. Propriedade da família Pestana de Vasconcelos, é um dos mais impressionantes exemplares neogóticos do país. Um tesouro da arquitetura religiosa do Porto muito bem guardado e conservado pelos proprietários.

Fundada pelo portuense José Joaquim Guimarães Pestana da Silva, protetor das artes, publicista, capitalista e proprietário rural, a Capela do Divino Coração de Jesus começou a ser construída em setembro 1878, tendo sido inaugurada em março de 1888, dez anos depois do lançamento da primeira pedra.

A autoria do projeto pertenceu ao engenheiro José Macedo Araújo Júnior, então diretor de obras públicas de Coimbra (que se notabilizou na condução de obras tão importantes como o Palácio da Bolsa ou parte da Alfândega da cidade), e a direção de obra ficou sob a responsabilidade do arquiteto Albano Cordeiro Cascão.

De estilo neogótico, apresenta no seu interior obras-primas em granito de S. Gens de Soares dos Reis, nomeadamente as figuras de S. José, S. Joaquim, gárgulas, florões de abóboda e púlpito, como pôde observar o presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, e o vereador do urbanismo, Pedro Baganha, na recente visita que fizeram à Capela dos Pestanas a convite da família, em que foram acompanhados por Nuno Pestana de Vasconcelos.

Entre as relíquias que a capela guarda, encontram-se ainda imagens neogóticas de Nossa Senhora e S. José; bronzes, esmaltes e vitrais executados em Gent, na Bélgica; e um interior revestido de pinturas a cor, imitando tapeçarias realizadas pelo pintor e decorador Armando Marques Pinto, inspiradas na capela de Sainte-Chapelle de Paris.

Em 1996, a Capela do Divino Coração de Jesus foi classificada como Imóvel de Interesse Público pela Direção-Geral do Património Cultural (DGPC).