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Campeões nacionais voltam ao lugar das emoções: a varanda da Invicta

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Quatro anos depois, a varanda do Município voltou a abrir-se para partilhar com a cidade a taça dos campeões nacionais. No final do jogo da última jornada, no Estádio do Dragão, frente ao Estoril Praia, repôs-se a tradição e a festa do Futebol Clube do Porto rumou ao coração da Invicta: a Avenida dos Aliados.

Cantava a recentemente desaparecida voz do clube, Maria Amélia Canossa, “Oh, meu Porto, onde a eterna mocidade / Diz à gente o que é ser nobre e leal” e assim fizeram milhares de adeptos que, neste sábado, celebraram a conquista do 30.º título do Futebol Clube do Porto e voltaram a fazer dos Aliados uma enorme mancha azul e branca.

O autocarro que transportou os dragões fez o trajeto até à câmara municipal em compasso lento para saudar os adeptos que acompanharam a viagem e, chegados aos Paços do Concelho, os jogadores foram recebidos por Rui Moreira.

Presidindo a uma cerimónia curta, o autarca homenageou o Futebol Clube do Porto com a mais alta distinção do Município: a atribuição das chaves da cidade, entregues ao presidente, Jorge Nuno Pinto da Costa, que este ano completa quatro décadas à frente do clube.

“Há momentos que substituem as palavras. Chegou o momento de a nossa equipa ir lá acima [à varanda dos Paços do Concelho], tranquilamente, celebrar com os adeptos”, simplificou o presidente da câmara, dando espaço aos protagonistas da noite.

A última vez que a equipa do Futebol Clube do Porto foi recebida na Câmara Municipal foi em 2018 e, nessa altura, Rui Moreira entregou a Pinto da Costa a Medalha de Honra da Cidade do Porto. O momento marcou o regresso da tradição de receber os campeões nacionais nos Paços do Concelho, 19 anos depois.

Em declarações à SIC, o presidente dos dragões partilhou que era "uma alegria enorme ver a felicidade destas pessoas. Há muita gente com vidas difíceis, com muitos problemas, e hoje estão felizes. Fico muito satisfeito por poder ajudar a que tenham esta noite de felicidade”.

Levantada a taça na varanda pelas mãos de Pinto da Costa, do treinador, Sérgio Conceição, e do capitão, Pepe, um a um os jogadores desfilaram na estrutura montada ao longo da Avenida dos Aliados para celebrar ainda mais perto dos milhares de adeptos e a festa, os cânticos, os aplausos, as emoções, os gritos de “campeões” estenderam-se noite fora. “Oh, Porto, então verás vibrar / A multidão num grito só de todos nós”, continua a ouvir-se a voz de Maria Amélia Canossa.