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Camélias trouxeram cor e brilho ao Parque de São Roque

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Nem mesmo o tempo instável que se fez sentir, durante o fim de semana, impediu que centenas de pessoas se deslocassem ao Parque de São Roque para apreciar a flor que, por tradição, confirma a chegada da primavera: a camélia. Aquele espaço verde encheu-se de cores na 28.ª exposição de camélias do Porto.

Como é hábito, o evento abriu com a cerimónia de prémios, entregues por representantes das duas principais entidades envolvidas na organização: Eduarda Paz, presidente da Associação Portuguesa de Camélias, e Filipe Araújo, vice-presidente da Câmara do Porto.

"Desde 1984, a Exposição de Camélias do Porto tem demonstrado ser um evento emblemático, fortalecendo a relação desta árvore entre a cidade e seus habitantes, envolvendo os portuenses e os seus visitantes, edição após edição nos diversos espaços por onde esta já passou", destacou o vice-presidente e também vereador do Ambiente.

Ao longo das 28 edições, o evento já percorreu vários espaços da cidade, como a Biblioteca Municipal Almeida Garrett, edifício dos Paços do Concelho, Mosteiro de São Bento da Vitória, Casa de Serralves, Palácio da Bolsa, Estação de Metro de São Bento e o edifício da Alfândega do Porto.

Esta edição voltou a trazer, uma vez mais, o centro das atenções para o Parque de São Roque, que, lembrou Filipe Araújo, foi "recentemente reaberto ao público, após um forte investimento do Município do Porto em obras de beneficiação, requalificação e expansão, abrindo ao público mais de um hectare de área verde até então inacessível".

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O parque conta agora com mais de cinco hectares de área verde, podendo ali ser encontradas mais de 200 camélias de 40 variedades diferentes, muitas delas centenárias. Nesta edição, o Prémio Melhor Camélia foi atribuído à camelia reticulata "Valentine’s Day", de Pilar Bargiela Rodriguez, com a camelia japonica "Little Babe Vanegated", de Fernando Valije, na segunda posição.

No Prémio Melhor Camélia de Origem Portuguesa, a primeira posição foi para a camelia japonica "Acteon", de Park Flanus, e a segunda para a camelia japonica "Cidade de Vigo", de La Salete Coelho. Isabel Pazos Rodriguez recebeu o Prémio para a Melhor Ornamentação/Arranjo Floral de Mesa.

Depois das distinções, seguiram-se várias atuações musicais, nesta edição transferidas para espaço interior, devido à instabilidade do clima, mas sempre seguidas por um público numeroso e entusiasta. Oficinas infantis de origami, bijuteria ecocriativa, decoração de máscaras e cháhuã realizadas no Centro de Educação Ambiental, localizado no interior do parque, fizeram também parte da programação, para além de degustação de chã, provas de vinho e visitas guiadas, nomeadamente à Casa São Roque.