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Câmara estuda possíveis causas para Rio da Vila ter corrido à superficie

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A Câmara Municipal do Porto saúda, em primeiro lugar, as equipas do Município e das Empresas Municipais, que, num curtíssimo espaço de tempo, repuseram a normalidade na zona da Rua de Mouzinho da Silveira.

Com efeito, após o fenómeno de chuva torrencial extrema que se fez sentir na manhã do passado sábado, dia 7 de janeiro, o Município do Porto, desde logo, acionou os devidos mecanismos para avaliar, com equipas especializadas – nomeadamente peritos da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto –, o que poderá ter causado as enxurradas sem precedentes que percorreram aquela artéria. Não há registo histórico de alguma vez ter sucedido semelhante situação. Importa relevar que o Rio da Vila terá corrido à superfície, situação que terá contribuído decisivamente para o ocorrido.

A Metro do Porto já tinha iniciado a intervenção no Rio da Vila, no subsolo, em frente à Igreja dos Congregados, conforme foi possível apurar em reunião de emergência, na noite de sábado, realizada com a Metro do Porto, a fiscalização da obra e um representante do empreiteiro. Confirmou-se, ainda, que na obra da Metro do Porto, foram feitos desvios de águas do Rio da Vila, provenientes da Rua dos Clérigos e da Rua do Almada, através de uma conduta que se constatou subdimensionada para a chuva intensa que se fez sentir. Na referida reunião, foi tomada a decisão de emergência de demolir uma parede construída no braço do Rio de Vila que vem da Rua de Sá da Bandeira, por forma a mitigar possíveis riscos de reincidência do sucedido. Foi ainda decidido melhorar a capacidade de infiltração das águas pluviais em dois pontos do estaleiro da obra da Metro, de modo a reduzir a possibilidade de escorrências à superfície. A Câmara Municipal do Porto não tem, à data, informação sobre a execução desta medida.

A Metro do Porto informou, também, o Município da intenção de solicitar ao Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC) uma análise sobre o projeto e obras em curso na obra da estação de S. Bento, integrada na futura Linha Rosa do Metro. Respeitante, ainda, à obra da Metro, está a ser construído um túnel de avultadas dimensões, com cerca de seis metros de diâmetro. Esta infraestrutura deverá acomodar águas pluviais de vários rios e ribeiras que circulam pela Avenida dos Aliados, funcionando como um novo troço do Rio da Vila.

A Câmara Municipal considera a obra de expansão da Metro do Porto muito importante para a mobilidade, ainda mais sustentável, da cidade. Nesse sentido, o Município saúda a decisão da empresa em solicitar o parecer do Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC) relativamente ao impacto da empreitada em curso, considerando as características particulares do território e da bacia hidrográfica existente.