Sociedade

Câmara estuda criação de um “feiródromo” para acolher mercados de grande dimensão

  • Porto.

  • Notícia

    Notícia

gco_assembleia_municipal_19_7_2021_4.jpg

Porto.

Para garantir a realização das feiras de maior dimensão da cidade e, simultaneamente, assegurar o respeito pelas medidas sanitárias, a Câmara do Porto está a equacionar a criação de um espaço específico para a realização destas atividades.

“A cidade tem de pensar num espaço de dimensão, a que eu chamaria um ‘feiródromo’. Este espaço teria de ter dimensão suficiente para podermos acomodar uma situação de vivermos em pandemia por mais tempo do que aquilo que pensamos”, revelou o vereador da Economia, Turismo e Comércio, Ricardo Valente, durante a sessão extraordinária da Assembleia Municipal, nesta segunda-feira à noite.

Esta seria a solução para permitir a reabertura das feiras da Vandoma e do Cerco, que continuam sem realizar-se por “questões sanitárias”. “No Porto cumprem-se estritamente as distâncias. As bancas têm de estar separadas. É impossível na Vandoma assegurarmos isso. É uma questão de saúde pública, da pandemia, que impossibilita que um mercado daquela dimensão possa acontecer”, notou Ricardo Valente, em resposta a uma questão da deputada Susana Constante Pereira, do Bloco de Esquerda.

“Na Vandoma temos 600 vendedores, no Cerco temos 200 comerciantes. É uma dimensão gigantesca. Temos falado quer com os feirantes da Vandoma, quer com representantes do Cerco. Não é por falta de boa vontade, é um constrangimento físico. São feiras de grandíssima dimensão, que nos criam constrangimentos – teriam de ser cercadas, com lotação controlada. Estamos a olhar para o problema, mas não temos uma solução mágica que permita responder de forma automática a estas duas situações”, acrescentou o vereador da Economia, Turismo e Comércio, reiterando que a melhor hipótese passaria por ter um espaço “suficientemente grande para ter num determinado dia a Feira do Cerco, e noutro dia a Feira da Vandoma.”

A Câmara do Porto autorizou a 7 de abril a reabertura das feiras e mercados municipais e urbanos na cidade. O despacho do presidente da autarquia, Rui Moreira, dava luz verde à realização das Feiras Municipais de Antiguidades e Velharias, dos Passarinhos, da Numismática, Filatelia e Colecionismo, da Pasteleira, do Artesanato da Batalha e o Mercado de Artesanato do Porto, o Mercadinho da Ribeira, o Mercado da Ribeira, o Mercado de Levante do Covelo e a Feira de Produtos Biológicos do Parque da Cidade.

A estas se juntam as feiras promovidas por privados, designadamente o Flea Market, Urban Market, Market Place, Mercado da Alegria, Mercado de S. Bartolomeu, Mercado de S. Miguel, Mercado da Terra, Mercado do Molhe, Sensations Market, Pink Market, Mercado das Marcas, Mercado da Serafina, Mercado Porto Belo, Mercadinho dos Clérigos e Família Desce à Rua.

A discussão surgiu na Assembleia Municipal a propósito da deliberação dos regulamentos municipais do Mercado do Sol e Mercadinho da Ribeira, aprovados por unanimidade na reunião realizada no auditório da Biblioteca Municipal Almeida Garrett. O regulamento do Mercado das Artes foi aprovado com a abstenção da deputada do PAN.