Política

Câmara reduziu custos e endividamento em 2014 e as empresas municipais não têm dívida bancária

  • Notícia

    Notícia

Assembleia.JPG

Rui Moreira apresentou ontem os primeiros números referentes
à execução orçamental de 2014. Embora sejam ainda dados preliminares, mostram
já que a dívida bancária caiu substancialmente, que a previsão da receita foi
bem calculada e que a Câmara do Porto reduziu despesa em praticamente todas as
rubricas. Segundo o autarca são "boas contas", de que beneficiam todos, "município,
munícipes e agentes económicos", não deixando de lembrar que o objetivo final é
o cumprimento do seu programa político.


 


A taxa de execução orçamental da receita municipal foi de
99% em 2014, segundo uma informação prestada pelo presidente da Câmara à
Assembleia Municipal ontem à noite. Rui Moreira informou ainda que as receitas
correntes da Câmara aumentaram 9,1 milhões de euros, que resultaram
essencialmente do aumento da cobrança do IMT, o que revela uma nova dinâmica na
transação de imóveis na cidade.


A despesa corrente decresceu em quase 700 mil euros,
tendo-se verificado poupança em todos os agrupamentos, com exceção dos
subsídios, que registaram um aumento devido à cobertura dos prejuízos da Porto
Vivo, SRU, relativos a 2012 e 2013.


O prazo médio de pagamentos a fornecedores era, em dezembro,
de oito dias e o endividamento bancário desceu 10,1%, sendo agora de 87,3
milhões de euros, 9,8 milhões menos do que em 2013. Nenhuma das empresas
municipais apresentou qualquer dívida bancária de médio e longo prazo.


Dirigindo-se aos deputados municipais, Rui Moreira lembrou
que apesar da informação trimestral apresentada serem ainda dados provisórios acerca
das contas de 2014, "é já possível concluir que na apresentação de contas de
2014, o Município do Porto apresentará uma dívida a fornecedores inferior à de
2013 e uma redução significativa da dívida bancária
". O presidente da autarquia
afiançou ainda que "com isso, beneficiam as contas do Município, beneficiam os
munícipes e, não menos importante, beneficiam os agentes económicos"
.


Rui Moreira, que completou em dezembro o seu primeiro ano
civil completo à frente da Câmara Municipal do Porto, disse ainda ao plenário
que "estes resultados espelham um rigoroso e prudente processo de elaboração do
orçamento e de acompanhamento da execução orçamental, bem como um cuidado
permanente na perseguição dos objetivos políticos a que nos propusemos"
.


Recorde-se que, na apresentação do orçamento para 2014, a
oposição tinha manifestado dúvidas generalizadas acerca das previsões de
receita inscrita no documento, acusando Rui Moreira de ter empolado esta rubrica
no sentido de poder contrair despesa e, assim, provocar um descontrolo
potencial das boas contas da Câmara. Contudo, segundo os dados ontem
apresentados, a autarquia não apenas apresenta uma receita praticamente igual à
prevista como se permitiu baixar a dívida bancária substancialmente.