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Câmara do Porto lamenta falecimento do general Carlos de Azeredo

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Militar foi candidato à presidência do Município do Porto nas eleições autárquicas de 1997, tendo sido eleito vereador, funções que desempenhou durante os quatro anos do mandato.

A Câmara do Porto lamenta a notícia do falecimento de Carlos de Azeredo, nesta quinta-feira, aos 90 anos. O oficial estava doente há cerca de cinco anos e faleceu esta manhã na sua casa.

Carlos Manuel de Azeredo Pinto de Melo e Leme nasceu em outubro de 1930, no concelho do Marco de Canaveses. Em 1948 ingressou na Escola do Exército e em 1952 concluiu o curso da Arma de Cavalaria.

Dirigiu o planeamento e comandou a execução do movimento militar para o 25 de Abril no Norte de Portugal.

Foi assessor militar do primeiro-ministro Francisco Sá Carneiro, como brigadeiro, 2.º comandante da Região Militar Norte, inspetor para a Arma de Cavalaria e, já promovido a general, dirigiu a Arma de Cavalaria e a Região Militar Norte. Chefiou a Casa Militar do Presidente da República Mário Soares até ao final do mandato presidencial. Concorreu à presidência da Câmara Municipal do Porto, onde foi vereador durante os quatro anos do mandato.

O general Carlos de Azeredo recebeu as mais altas honras do Estado português: a 10 de junho de 1991 foi agraciado com a Grã-Cruz da Ordem Militar de Avis e a 13 de fevereiro de 1996 foi agraciado com a Grã-Cruz da Ordem Militar de Cristo.

Em 26 de fevereiro deste ano, o Presidente da República Marcelo Rebelo de Sousa atribuiu-lhe a condecoração de Grande-Oficial da Ordem da Liberdade.

Em 2004 tinha publicado a obra “Trabalhos e Dias de Um Soldado do Império”, na qual relata as memórias de alguns dos acontecimentos mais marcantes da história recente Portugal: a invasão do Estado Português na Índia, a Guerra Colonial, o 25 de Abril e o acidente de Camarate.