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Bosch investe 28 milhões em projeto de mobilidade inteligente com a U. Porto

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Chama-se THEIA e é o projeto que vai envolver a Bosch e a Universidade do Porto. O investimento de 28 milhões de euros do grupo alemão, a aplicar até 2023, visa o desenvolvimento de soluções para melhorar as capacidades sensoriais dos veículos autónomos. Parceria pressupõe a contratação de 55 trabalhadores, além dos mais de 70 investigadores da instituição portuense.

A U.Porto explica que o THEIA – Automated Perception Driving “visa dar resposta às exigências da condução autónoma e da mobilidade do futuro”. A base da investigação a ser desenvolvida será “a aplicação de algoritmos de perceção baseados nos dados recolhidos pelos sensores dos veículos – com especial foco nos sensores LIDAR – para construir uma perceção exata, robusta e segura da envolvente exterior”.

Um dos objetivos do THEIA será “contribuir para que sejam garantidas as condições de segurança necessárias para a utilização dos veículos autónomos”. “A ideia é que estes sejam capazes de prever e inclusive “escolher” cenários face ao obstáculo/problema identificado”, partilha a U.Porto que, desta forma, assume a responsabilidade de “colocar Portugal no mapa das principais inovações a nível da mobilidade inteligente”.

Para o reitor da U.Porto, este contrato de investigação vai de encontro ao “esforço sério de aproximação às empresas” que a instituição tem empreendido, “tendo em vista a realização conjunta de atividades de qualificação, investigação, desenvolvimento e inovação”. “Queremos contribuir superlativamente para a valorização económica do conhecimento e, ao mesmo tempo, encontrar no tecido produtivo empresas que possam ser nossas parceiras em projetos de inovação e em programas de estudos avançados, como é este caso da Bosch”, assume António de Sousa Pereira.

Esta não é a primeira vez que a instituição portuense e a empresa alemã se juntam num projeto. Em 2019, trabalharam no “Safe Cities”, criado para “responder e antecipar os desafios que se colocam às sociedades urbanas modernas, cada vez mais dependentes da evolução tecnológica”, lembra a U.Porto.

Em declarações ao Negócios, o representante da Bosch em Portugal, Carlos Ribas, garante que “não temos dúvidas que estas parcerias são a chave para impulsionar a inovação, o desenvolvimento científico e a criação de emprego qualificado. É por isso que continuaremos a trabalhar no sentido de promover estas relações que são sinónimo do reconhecimento da qualidade do talento e da dinâmica do ecossistema de investigação e desenvolvimento que existe em Portugal".

Cofinanciado pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER), através do Programa Operacional Competitividade e Internacionalização (COMPETE 2020) e do Portugal 2020, o projeto THEIA vai contar com uma equipa de investigadores das faculdades de Engenharia e de Ciências da U.Porto.